O fanatismo religioso sempre é perigoso...

Entre o 15 e 17/AGO, quase 50 igrejas católicas e coptas foram incendiadas no Egito. Uma tragédia! Mas, o maior absurdo é que nenhuma voz do mundo muçulmano se levantou para dizer que essa violência era uma barbaridade... Uma pena! Se não respeitamos as diversidades a convivência humana é impossível!

Como entender este silêncio público dos líderes religiosos do Islã? A violência faz parte do projeto interno dessa religião como insinuou o Papa Bento XVI em Ratisbona, 2/SET/2006, o que provocou, como reação, forte atos violentos de protesta em países muçulmanos? Bento dizia que a violência em nome da fé é consequência do frágil vínculo entre fé e razão. O fanatismo religioso é perigoso!

Fé e violência são incompatíveis! Agir de forma irracional é contrário à natureza humana e à natureza de Deus! E os líderes religiosos devem saber isso!

O respeito fraterno entre cristãos e também com outros grupos religiosos é fundamental em nome da nossa racionalidade. A violência em nome de Deus é absurda e desumana!

Eu quero acreditar que a diversidade religiosa e cultural é um enriquecimento para todos. Mas, por favor, a violência é doença! O extremismo nunca é bom para qualquer religião... 

E você, o que acha?



2 comentários:

  1. Bom dia Pe. J.Ramón! Eu particularmente acho que tais líderes, já desde muito, não conseguem entender o que é o verdadeiro espírito de santidade e amor pelo próximo, assim, como muitos de nós que dizemos ser cristãos e seguidores dos ensinamentos de Jesus, permitimos que a vaidade e o orgulho tome posse de nós.Esses líderes, por idolatria, se fazem "donos da verdade absoluta",não conseguiram ainda entender que o sol nasceu para todos, que somos princípio, meio e fim gerados do mesmo Deus de amor, tomara, que a obra de aproximação de re_ratificação com uma certa intensidade pelo saudoso Beato João Paulo II,pela unidade dos povos,continue dando frutos de paz, sabedoria e entendimento. Deus Triuno, e por assim ser, nos faz livres. A intelectualidade santa de Bento XVI, firmada no mesmo pensamento de João Paulo II, que a fé e a razão devem caminhar juntas, e que oração e fé sem caridade, a obra é morta, e vice-versa, crer no Deus Onipotente, que a todos e tudo provém, mas com os pés fincados no chão, com paz e amor, com aceitação do que nos foge das mãos e do poder, aprender a resignar com o que não podemos modificar, sem nos submeter a qualquer tipo de opressão. Sabemos que não são tão fáceis tais exercícios, nem se dá da noite para o dia, tudo tem seu tempo e hora de acontecer. Cuidar para que o fascínio ao poder, não tome conta de nossos atos e pensamentos. O poder com fascínio traz junto a corrupção, falsas ilusões! Acredito que não é por acaso que o atual Papa Francisco rejeita todo excesso e unilateralidade na forma de ser, bem como não se deixar isolar do mundo, porque ele sabe que é um campo minado, a triste ilusão de que através do poder adquirido é que mantemos nossa sobrevivência e não é bem assim, não é mesmo? Aí, as guerras, parecendo animais, tentando marcar espaço, feras feridas em sua vaidade e orgulho, afrontando e destruindo tronos, colocando a fé dos seus irmãos em julgamento e prova alertado, como bem disse e ensinou Paulo de Tarso: (Mateus 24:3–8) (II Timóteo 4:3–4) Nem tudo que é lícito me convém. Paulo também ensinou que o Senhor “deu uns para apóstolos, e outros para profetas ( . . . ). Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo;Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus ( . . . ).Para que não sejamos mais meninos (as) inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, deixando os olhos brilhar pelo poder terreno,pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudolosamente”. (Efésios 4:11–14. Continuemos orando ao Espírito Santo de Deus, pela unidade, fraternidade e pela paz que Jesus nos ensinou como ter.

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  2. Concordo integralmente com seu texto, Pe. Ramón. É uma pena que as nações muçulmanas, nos últimos séculos, caminharam a passos largos para a barbárie. Praticamente não se vê, no mundo onde o Islã predomina, um único país onde as liberdades e garantias fundamentais do ser humano sejam respeitadas, o que é de lamentar. O Ocidente, por sua vez, parece não querer contribuir muito pra isso, armando rebeldes pra lutar contra rebeldes e ocupando militarmente áreas que deveriam receber maciços investimentos em educação. Tenho certeza de que só se consegue aliciar um jovem para o terrorismo porque falta, para esse jovem, educação mínima e necessária. É a mesma dinâmica do tráfico de drogas: você só consegue aliciar os jovens porque lhes sobra tempo ocioso e lhes falta oportunidades. Uma invasão de investimentos culturais e educacionais no mundo árabe, maior pressão internacional em governos como o da Arábia Saudita (maior patrocinador da islamização do mundo) e a promoção anual de ações multiculturais entre os países muçulmanos certamente contribuiria para enfraquecer essa intolerância cada vez maior dos muçulmanos para com tudo aquilo que não vem do Islã. Certamente, o ódio só cresce onde não há mais esperanças para uma vida digna, afinal, ninguém com oportunidades melhores para si e para seu povo escolheria, em sã consciência, morrer se explodindo em nome de Deus.

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