2. Abraão, nosso pai na fé...

Eu queria aprender o idioma dos santos...
Podemos situar a existência de Abraão em torno do ano 1.750 aC. Quando Deus se revelou a Abraão, a humanidade já tinha percorrido uma longa trajetória histórica: em torno de um milhão de anos.

Falar de Abraão é lembrar da imagem paterna, da figura do pai e do modo de cada um se situar dentro de uma família. Não são fáceis os relacionamentos de filiação e de fraternidade. Muitos traumas derivam deles! 

Com tudo, Abraão, na história da salvação, é o primeiro dos vocacionados e o seu chamado é narrado no livro do Gênese (Gn 12). Ele já era velho, quando ouviu e entendeu o chamado de Deus; tinha 75 anos. Que idade para mudar de vida! Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrar... Abraão, casado com Sara, não tinha filhos.

E Abraão partiu como o Senhor lhe tinha dito, levando a esposa e Ló, seu sobrinho.

Os anos foram passando. De acampamento em acampamento, Abraão percorreu diversas terras, pois Deus estava em todas... Chegou até o Egito, buscando pastos e melhor comida. E fincou na sua nova terra, por Deus escolhida: Canaã.

Durante esse tempo, Abraão caminhou na fé... Sem fé em Deus é impossível realizar os relacionamentos fundamentais: ser pai, filho ou irmão e assim chegar a algum lugar significativo!

Deus escolheu um homem, e lhe promete terra e descendência... mas Deus também espera que Abraão, com seu esforço e colaboração, alcance o dom prometido. A colaboração é indispensável para que a história se realize.

Assim, nasceu Isaac, o filho daquela promessa...

Mas Deus desinstala sempre de novo. Abraão!.. Toma teu filho, teu único filho, que tanto amas, e vai à terra de Moriá (Jerusalém!) onde tu o sacrificarás sobre um dos montes que eu te indicar (Gn 22)... Foi isso que o velho Abraão entendeu; gelou e naquela noite não dormiu!

E diz o texto: No dia seguinte, pela manhã, Abraão selou seu jumento. Tomou consigo dois servos e Isaac, seu filho e partiu para o lugar que Deus lhe tinha indicado...

Abraão responde prontamente e vai aprender que o seu Deus é diferente, um Deus da vida e não da morte. Issac será salvo.

A fé não é mera adesão intelectual, mas uma entrega de todo o nosso ser ao Deus da vida. As nossas respostas condicionam novos convites. Assim se faz história: Adão pela desobediência recebeu o castigo; Abraão pela obediência,  a bênção para todos os povos.

S. Paulo fica deslumbrado com essa atitude de Abraão: Abraão não duvidou da promessa de Deus. Sua fé o encheu de poder, e ele louvou a Deus, porque tinha certeza de que Deus podia fazer o que havia prometido (Rm 4, 18-21).

São Abraão, o primeiro a acreditar, é um exemplo para nós que queremos também ouvir e entender o Senhor e segui-lo com generosidade.

Uma pergunta: Você entende a palavra que Deus lhe dirige?


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