Quem somos? Como somos?...

Fazer nada mesmo traz-me sentido...
O existencialismo parece ser fonte de inspiração para estes tempos pós-modernos, pois enfatiza a subjetividade no sentido da vida. Quem somos? Como somos?...

Dias atrás alguém me falava sobre o sentido da sua vida. Não era fácil, pois a pessoa no meio de silêncios enormes se movia entre o "Id" dos seus instintos e o "Superego" moralizante da razão... Era uma verdadeira batalha!

Temos perguntas existenciais e buscamos respostas teóricas?... O existencialismo considera a existência antes da sua essência, por isso quando alguém me pergunta: Como você está?... eu, espontaneamente respondo: Estou vivo! A existência é fundamental, o resto é complementar. 

Viver não é fácil, pois geralmente somos obrigados a escolher entre o "Id" (regido pelo princípio do prazer) e o "Superego" (princípio moralizante da razão), além dos desafios que surgem da realidade. Alguns vivem como podem, à mercê de seus impulsos, outros a partir de uma moral castradora... O que fazer? Entre medos e incertezas, valores e contra-valores o "Ego" precisa escolher. Ninguém consegue viver em constante ziguezague, entre o forte impulso do inconsciente e o comando do consciente repressor... 

Sozinhos, embora virtualmente relacionados, abertos a tudo, mas sempre a reboque de nossos sonhos e medos somos criaturas e caricaturas do Criador... A imperfeição é nossa marca! Liberdade? Santidade?... Acreditamos piamente naquele "nobody is perfect..." e assim nos entregamos confiantes nas mãos de Deus. 

Quem somos? Pessoas incompletas... Como somos? Buscadores incansáveis do Infinito no finito. E nessa aventura gastamos o nosso pobre amor!

Uma pergunta: Como sobreviver nessa luta do "Id" e o "super-ego"? 

Um comentário:

  1. Cada dia gosto mais de acompanhar seu blog, Pe Ramón. Para mim, veio uma reflexão. A luta entre Id e super-ego tem que ser controlada a partir da busca por um equilíbrio saudável e consciente. Em momentos diferente, um ou outro terão de se sobrepor para que não fiquemos parados diante da vida, presos no silêncio. Mas qual dos dois e em que momentos, é uma resposta que só poderá ser dada aos poucos, de acordo com os acontecimentos da vida. E, para nos ajudar com essas respostas - que não podem ser dadas todas de uma vez, nem ser definitivas, mas ser uma resposta a cada pergunta - não tenho dúvidas de que o melhor caminho é o auto conhecimento. Saber bem das próprias emoções: o que me faz triste, o que me faz feliz, quais são os meus limites, quando posso deixar um pouco de lado meus anseios, quando tenho que tomá-los como prioridade. São coisas sobre nós que temos que ter minimamente claras, para a tomada de decisão. Clareza é um atributo que todos temos que buscar, apesar de não ser, de maneira alguma, fácil.

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