Dom Hélder Câmara (1909 -1999), amigo dos pobres...

A Congregação Vaticana que cuida dos processos de canonização (declaração de santidade!) deu o sinal verde, para abrir a causa do “pequeno bispo de Olinda e Recife, amigo dos pobres”, Dom Hélder Câmara.
O governo militar do Brasil tinha colocado Dom Hélder de lado, no maior ostracismo possível, pela sua firme convicção e apoio ao movimento estudantil, operário e aos diversos movimentos contra a fome e a miséria. Naquela época, até o Vaticano não o via com bons olhos.  

Dom Hélder contribui decisivamente no surgimento da CNBB, 1950, e até do CELAM, 1955. Mas, vai ser no Concílio Vaticano II, 1964 (ano do golpe militar no Brasil), que ele verá claramente a identificação de Cristo com os pobres, carne de Cristo, como diz e repete o Papa Francisco.

Nos anos setenta, Dom Hélder Câmara denunciou o uso sistemático da tortura contra os dissidentes políticos presos pela ditadura militar. Os militares e alguns eclesiásticos começaram a chama-lo de “o bispo vermelho”. É famosa sua frase;
Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me de comunista.

Algo mudou no Vaticano para que comecem a fazer parte da lista dos possíveis santos e santas da Igreja pessoas que antes foram “fraternalmente” excluídas.

Dom Romero, Dom Hélder Câmara, Dom Luciano Mendes de Almeida... são os primeiros. 

Ainda faltam muitos!

Um comentário:

  1. D. Hélder Câmara, o bispo vermelho, deve ser santo! Que notícia boa em tempos de pedidos (insanos) pela volta da ditadura.

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