Uma declaração conjunta num cenário estranho...


O encontro do Papa Francisco e o Patriarca de Moscou Kirill foi um momento histórico. Encontro muito esperado e difícil por receios internos das próprias igrejas e externos de geopolítica internacional.
O Cisma e excomunhão mútua durou até 1965. Nestes anos de ecumenismo era a Igreja Russa que colocava mais obstáculos pela sua ligação umbilical com os Presidentes russos. Não era nada fácil, mas se conseguiu dar o primeiro passo e conversar. Francisco está redefinindo o ministério petrino para facilitar o ecumenismo.
Ainda é cedo para avaliar a repercussão do encontro. Uns esperavam mais, e outros muito menos. Alguns até disseram que foi uma exaltação do estado russo. Não é fácil contentar todos!
Destaco alguns elementos estranhos, mas simbólicos: Primeiro o lugar: a ilha de Cuba. Até faz pouco excluída do âmbito das relações internacionais. Outro elemento estranho? O local. Aeroporto internacional José Martí, tão simples e pequeno. E que dizer do Presidente Raul Castro, ateu confesso, presidindo a assinatura da declaração conjunta rodeado de bispos? Estranho e chocante. Outro elemento destoante do ambiente religioso era ver bandeira de Cuba de um lado, e do outro um ícone de Nossa Senhora!
Dois bispos separados por quase mil anos ajudados por um agnóstico para se reconciliarem. Só Deus para montar este rompe-cabeças...
E você, o que sentiu ou pensou?

Um comentário:

  1. Sinto que estes são sinais de Deus num mundo conturbado, intolerante e preconceituosos onde diferentes não se respeitam e não se reconhecem como criaturas do Pai.Luris

    ResponderExcluir