4. DEUS É AMOR...


Façamos (plural?) o ser humano à nossa imagem e semelhança... (Gn 1, 26). Carregamos vestígios do Deus Trino na nossa memória, inteligência e vontade (S. Agostinho). O problema é que frequentemente nossa memória é negativa e está poluída.

Deus é uno e trino. Ele foi prefigurado no AT: Sacrifício de Isaac (Gn 22): Pai, filho e o amor entre eles; hospitalidade de Abraão (Gn 18): 3 anjos...; analogia de José (Gn 39), amado pelo pai e vendido pelos irmãos... O AT mostra um Deus único, e transcendente. Ao mesmo tempo, esse Deus é amoroso e tem uma relação singular com o seu povo, como a de um pai. Como conciliar essa antinomia: Ser grande e próximo. Não conseguimos subir ao Céu, mas Ele pode descer para junto de nós por meio: 

1º da Palavra de Deus (com ela se comunica conosco); 
2º sua sabedoria (Cristo);
3º Envio do seu Espírito Santo (Ruach).

No Novo Testamento a revelação da Trindade é essencial.  João é mais explicito: Os judeus se escandalizam quando Jesus fala do Pai. E quando ele dizia o EU SOU da teofania mosaica acirrava os ânimos de seus inimigos, provocando terríveis dúvidas.

Fomos batizados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.  

Heresias são doutrinas aparentemente boas, mas falsas. No século IV, pululavam entre as comunidades. Eis algumas delas:

1. Subordinacionismo. Jesus subordinado ao Pai, e por conseguinte inferior a Ele. Com isso, pretendia salvar a UNICIDADE de Deus, mas acabavam com Trindade.
2. Modalismo. As 3 pessoas são “apenas” nomes diferentes para o mesmo Deus. Desse modo, acabaram com a Trindade; Pai, Filho e Espírito Santo.
3. Arianismo. Deus infinito não pode se encarnar na matéria limitada. Cristo encarnado não é Deus... diziam. Nosso credo (Niceno/325) diz que Cristo é consubstancial ao Pai.

Uns negam sua divindade e outros a sua humanidade. 

Hoje até correm por aí doutrinas parecidas, que parecem boas, mas não o são. As diversas religiões é apenas questão de palavras... Jesus é um grande profeta, mas não Deus verdadeiro... Mas, se Jesus não é Deus o Espírito Santo também não, e quem nos salva? Professamos, desde o Concílio de Calcedônia (451): Creio no Espírito Santo, Senhor (Kyrios=YHWH), que dá a vida, e procede do Pai; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ele que falou pelos profetas...

Não recebemos um espírito de temor (nem um espírito de porco!). Recebemos o Espírito Santo que procede do Pai e do Filho... O cristianismo não é uma religião que crê em Deus, mas no Deus que se fez humano e nos plenifica. Só o amor salva!

Para orar: Atos 2, 1-4; 10, 44-46; 11, 15.17.28 (Descida do E. Santo sobre a Igreja)


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