Agosto: mês das vocações... (Pe. Adelson Araújo, SJ)


Neste mês de agosto em que recordamos as vocações, somos chamados a refletir sobre como estamos vivendo nosso próprio chamado, que é sempre um chamado para a vida e vida em plenitude. Temos que agradecer pelas diferentes vocações na Igreja, que se complementam mutuamente. Todas elas têm papel especial no plano da Criação.

Somos todos criados por amor e para o amor, que deve se concretizar no surgimento de um mundo mais fraterno e justo.

A vocação dos jesuítas está diretamente vinculada à experiência do nosso fundador e de seus primeiros companheiros. Inácio viveu uma experiência singular de Deus, que marcaria para sempre a sua existência. Mas como Inácio via a sua vocação e a dos outros?

Inácio de Loyola sentiu-se chamado a uma vocação apostólica, isto é, a colaborar com a missão de Cristo no serviço aos demais. Ele nunca concebeu a sua conversão pessoal como caminho exclusivo de santificação e salvação pessoal. Outros haveriam de se beneficiar disso! E isso seria para ele um critério de seleção vocacional, como narra o Pe. Gonçalves da Câmara: “Lembro-me que dizia nosso Pai, muitas vezes, que não queria na Companhia ninguém para salvar somente a si, senão que todos haviam de ser tais que, além disso, ajudassem outros a se salvar.

Inácio esperava encontrar jovens que se identificassem com esse projeto de vida. Juan de Polanco, movido a mudar de vida aos 24 anos de idade, quando faz os exercícios, escreve que esse desejo era presente desde Barcelona: “Começou desde ali a ter desejos de juntar algumas pessoas à sua companhia(...)” E esse mesmo desejo o acompanha em Paris: “Depois da prisão e da sentença (na Espanha) decidiu ir a Paris, se bem que a isso era movido também para poder dedicar-se mais aos estudos, tendo também como principal intenção conseguir gente naquela universidade, se Deus nosso Senhor fosse servido em mover alguns em cuja companhia ele insistisse no serviço divino...”

Além de Inácio, todos os demais componentes daquele primeiro grupo, ainda que não tivessem clareza de que estavam fundando uma ordem, acreditavam que ali estava um projeto de vida pelo qual valia a pena deixar tudo e abraçar. Por isso, queriam partilhá-lo com outros. Diego Laínez lembra esse desejo comum quando escreve: “Feitos depois todos sacerdotes, e ditas as primeiras missas, exceto o Pe.Mestre Inácio, que disse a sua muito depois, reunindo-nos em Vicenza, deliberamos de repartir-nos (ainda esperando a passagem a Jerusalém) por diversas universidades da Itália, para ver se nosso Senhor se dignasse chamar algum estudante ao nosso instituto.

Esse desejo continua presente no corpo apostólico da Companhia de hoje, que espera atrair, com seu testemunho de vida e missão, novos servidores da missão de Cristo, nesta mínima Companhia!

Agradeça a Deus pelos vocacionados/as que você conhece...

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