Igreja como lugar de encontro e diálogo…


Precisamos de uma Igreja diferente, inclusiva e ecumênica. A que temos carrega o DNA das cruzadas e das guerras de religião. O mundo e as pessoas precisam de paz e carinho!

A cultura do encontro, sem barreiras e excomunhões é novidade na Igreja. Até faz pouco tempo, vivíamos a exclusão e a condenação entre os contrários. Muitos perderam seus sonhos melhores por esse maniqueísmo solapado no bojo eclesial.

Ultimamente, ares de primavera sopraram sobre as Igrejas. O Papa Francisco tem muito mérito na arte de unir. Unir países, Igrejas e pessoas. Parece como se a realidade se fizesse mais importante do que a ideia, e a limitação humana mais respeitável do que os próprios princípios das nossas doutrinas.

A cultura do encontro com Jesus e do diálogo fraterno tem sua origem no mistério da Encarnação. A entrada de Deus neste nosso mundo limitado e conflituoso mostrou realmente a pedagogia de Deus. Deus nos amou quando éramos ainda pecadores! (Cf. Rm 5, 8).

Como viver numa sociedade pluricultural sem o diálogo dos diferentes?

Como recuperar esse diálogo fraterno tão sonhado e infelizmente perdido? Não há receitas, mas respeitar e reconhecer a verdade (muita ou pouca) do outro já é um grande passo. Nossa linguagem priorize mais a fraternidade dos gestos positivos e o das palavras “bem-ditas”.

Erramos se pensamos que o diálogo é um duelo entre adversários. Não é, não. O diálogo é mais um “dueto” em busca de maior harmonia e amor. A fraternidade deve primar sempre sobre os fundamentalismos e preconceitos históricos que carregamos.

Nunca haverá aproximação se desconfiamos uns dos outros. O todo é superior às partes, por isso precisamos diferenciar entre “mínimos” éticos conseguidos e “máximos” almejados. Sonhamos o “máximo” e provavelmente vivemos no “mínimo”.

Dialoguemos, pois, muito mais evitando agressões e proselitismos.

A cultura do diálogo precisa se recomposta artesanalmente em todos os níveis da sociedade e da Igreja.

Não precisamos olhar muito longe, mas viver o amor mais de perto!


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Um comentário:

  1. E como impedir que as heresias e sincretismos diabólicos penetrem na igreja de Deus?

    Heitor

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