Meditações no Vaticano: O Espírito Santo e o discernimento... (Cf. R. Cantalamessa)


O Papa participou da segunda pregação do Advento proposta pelo frei R. Cantalamessa com o tema: “Bebamos, sóbrios, a embriaguez do Espírito
.
O Pregador refletiu sobre “O Espírito Santo e o carisma do discernimento”, continuando o tema da obra do Espírito Santo na vida do cristão.

Discernimento dos espíritos: Este termo indica o dom que permite distinguir, entre as palavras inspiradas ou proféticas, pronunciadas durante uma assembleia, que vêm do Espírito de Cristo das que vêm de outros espíritos (nós mesmos, mundo ou o maligno).

Dividiu o tema em três partes: 1. O discernimento na vida eclesial; 2. O discernimento na vida pessoal; 3. Deixar-se guiar pelo Espírito Santo.

Devemos ter confiança no Espírito Santo. Sempre que os pastores das Igrejas cristãs, em nível local ou universal, se reúnem para fazer discernimento ou tomar decisões importantes, deveriam ter no coração a confiante certeza da presença do Espírito Santo.

O “discernimento na vida pessoal” ou das próprias inspirações. Por meio do dom ou do conselho, o Espírito Santo ajuda a avaliar as situações e orientar as escolhas, não apenas com base em critérios de sabedoria e prudência humanas, mas também à luz dos princípios sobrenaturais da fé.

O perigo de algumas formas modernas de entender e praticar o discernimento é enfatizar os aspectos psicológicos, esquecendo que o agente principal de todo discernimento é o Espírito Santo. O discernimento não é uma arte ou uma técnica, mas um carisma, um dom do Espírito!

Além da escuta da Palavra, a prática mais comum para exercer o discernimento em nível pessoal é o exame de consciência, que não deveria ser limitado somente à preparação da confissão, mas tornar-se uma capacidade constante de colocar-se sob a luz de Deus e deixar-se “perscrutar” no íntimo por ele.

Enfim, “deixar-se guiar pelo Espírito Santo” deve ser uma decisão renovada de confiarmos na orientação interior do Espírito Santo, como por uma espécie de "direção espiritual". O próprio Jesus nunca fez nada sem o Espírito Santo: ao retornar do deserto, mediante o poder do Espírito Santo, começou a sua pregação, escolheu os seus apóstolos e se ofereceu ao Pai.

Padre Raniero Cantalamessa concluiu sua reflexão pedindo ao Paráclito para dirigir a nossa mente e toda a nossa vida! 


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