O rosto feminino da Igreja...




O povo hebreu era devedor de uma sociedade machista. As mulheres viviam para cuidar dos filhos, da casa e dos animais domésticos.

Jesus rompe conscientemente essa disparidade. A vida dele se entrelaça livremente com diversas mulheres que ficaram eternamente agradecidas à sua presença. Jesus não aceitou a cultura dominante que colocava aquelas pessoas escondidas nos afazeres domésticos. Havia um grupo de mulheres que o seguiam e serviam fielmente com seus bens.

Os Evangelhos são parcos em reconhecer explicitamente a peculiaridade do discipulado feminino. Com tudo, Maria, mãe de Jesus, e a Madalena se destacaram sobre todas as outras. Nos Atos dos Apóstolos, as ‘apóstolas da ressurreição’ já desaparecem no silêncio e no esquecimento das comunidades.

O agir de Jesus foi admirado, mas não seguido pelos seus seguidores. Lembremos o encontro com a Samaritana, ou aquele outro que livrou uma coitada de ser apedrejada... Ele via a subjetividade delas, o amor, a fé e o sofrimento que carregavam. Você lembra da mulher doente de hemorragia uterina? E da viúva de Naim que perdera seu único filho? E a sogra de Pedro? E aquela que chorava e beijava os pés de Jesus na casa do fariseu Simão?... E a encurvada, por 18 anos? São tantas as protagonistas que é impossível esquecê-las. E todas, agradecidas, conheceram n’Ele alguém em quem se podia confiar totalmente.

A presença das mulheres na Igreja ficou por séculos em segundo plano, e o rosto delas escondido e velado, pois nunca mandaram e sempre obedeceram. 

O rosto da Igreja precisa mudar e recuperar sua fisionomia completa, para que todos sejamos iguais como discípulos e discípulas do Senhor Ressuscitado..

E você o que pensa sobre isso?


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