Comunhão aos divorciados recasados?...




O tema é candente em alguns setores da Igreja, e andamos na ponta dos pés.  

"Se não damos importância à consciência na Igreja, estamos fazendo teatro”. Mais claro? Agua! Estamos chamados a formar as consciências das pessoas, e não pretender substitui-las. O cardeal emérito de Barcelona, Lluís M. Sistach, sintetizou o pensamento do Papa Francisco na polêmica dos divorciados recasados: "Se o cristão, em consciência constata que há circunstâncias que fazem a situação objetiva imputável subjetivamente, pode aceder aos sacramentos". Isso foi no dia 8/FEV/2017. Primado da consciência sobre a lei.

Podem haver circunstâncias atenuantes e dirimentes que só a própria pessoa sente e conhece. A Amoris Laetitia não dá apenas orientações pastorais; é um documento do magistério ordinário, e que deve ser bem recebido e acolhido sem temor.

"Acompanhar, discernir e integrar". Não mudou a doutrina da Igreja, mas destaca agora algumas atitudes um pouco esquecidas: misericórdia com todos, integração pelo acompanhamento pastoral e o discernimento como formador das consciências. É a doutrina moral tradicional das circunstâncias atenuantes e dirimentes...

A prioridade é, pois, integrar mais e melhor os batizados na comunidade cristã por meio do acompanhamento e o discernimento pastoral.

Mas, alguns ainda insistem em perguntar: Mas podem ou não comungar os que estão em situação objetivamente irregular? E sempre será a mesma resposta:  Pode haver condicionamentos ou fatores atenuantes, conhecidos só pela própria pessoa que permitam a recepção dos sacramentos da confissão e da comunhão.

A própria consciência passa a ser critério fundamental, como apontava o Concilio Vaticano II. O Papa não fala de categorias, mas de pessoas por isso a necessidade, em cada caso, do discernimento.

É preciso, pois, revisar as 'proibições', disse o cardeal, a Igreja não é uma prisão, mas a casa da misericórdia de Deus.

Ainda precisamos ouvir as Conferências Episcopais se posicionando oficialmente neste sentido. Até agora, que eu o saiba, só a pequena ilha de Malta o tem feito.



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