Construindo pontes entre o público LGBT e a Igreja...



O Pe. Jesuíta James Martin SJ acaba de publicar a 2ª edição do seu livro Building a Bridge (Construindo uma ponte), sobre a relação entre católicos LGBT e a Igreja.  O padre diz que as reações ao livro foram tensas e intensas, e ele espera que esta nova versão ajude mais e melhor os católicos LGBT, e a seus familiares.

O Pe. James Martin disse que, recentemente algumas escolas católicas demitiram professores LGBT: Essas decisões foram tomadas apenas pela orientação sexual desses professores. Por que não fizeram o mesmo com professores católicos solteiros, e que vivem maritalmente? Ou professores divorciados e em segunda união? Ou professores que usam contraceptivos?... Não. O foco foi concentrado nas pessoas LGBTpor seu comportamento sexual... E isso é uma discriminação injusta! 

É verdade que ultimamente os grupos conservadores ficaram mais mais expostos e agressivos. Também acontece que nos aproximando agora de pessoas antes marginalizadas os neo-conservadores ficaram mais inquietos. Mas, não foi isso que Jesus fez, e que somos também chamados a fazer? As pessoas LGBT são as mais marginalizadas na Igreja. Disso não tenho dúvidadisse o Pe. J. Martin.

Perguntado sobre o seu trabalho de atendimento aos católicos LGBT, mesmo com as críticas acerbadas recebidas de alguns, o Pe. James Martin se referiu novamente a Jesus:

"Jesus diz para sacudir a poeira das nossas sandálias e seguir em frente quando alguém não nos quer ouvir. Mas, para as pessoas de boa vontade basta um encontro com uma pessoa LGBT e suas histórias dramáticas para apoiá-los imediatamente..."

As mídias sociais ajudam e outras vezes atrapalham os católicos LGBTAlguns sites destilam ódio, homofobia e criam ainda muito medo. Jesus diz: "pelos seus frutos os conhecereis!... Existem sites que trazem paz, unidade e concórdia e outros divisão, discórdia e desespero. O Novo Testamento disse: “o amor expulsa o medo”, mas também o medo pode expulsar o amor!
"Eu já não leio certos comentários, websites ou artigos quando sei que não são úteis, e estão apenas atacando. Esse tipo de comentários não vêm de Deus. Críticas construtivas são uma coisa, mas reações apaixonadas contra mim, ou meu livro acabam sendo histéricas e caluniosas. Então, para que prestar atenção? Algumas dessas pessoas parecem católicas, mas nem cristãs elas são."

O Pe. James Martin sentiu-se motivado a escrever o livro Bulding a Bridge, após o tiroteio na boate gay Pulse, quando mais de 50 pessoas foram mortas... Ele ganhou o Bridge Building Award (Prêmio Construindo Pontes), em OUT/2016. Seu discurso, na cerimônia de premiação, serviu como texto para o seu livro que o chamou também de Bulding a Bridge.

Oxalá todos possamos construir mais pontes entre todos os humanos!


2 comentários:

  1. El Papa pide que aquellos de quienes se sospecha que son homosexuales no entren en los seminarios

    En un encuentro con los obispos italianos, el Papa ha sido claro sobre la posibilidad de admitir en el seminario a candidatos con tendencias homosexuales: «Si tienen la más mínima duda, es mejor no dejarlos entrar».

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  2. O Padre Jesuita Henri Boulad, aquele mesmo que em 2009 escreveu uma carta ao Papa Bento XVI (leiam, está no Google), narra em seu livro "O Homem Diante da Liberdade" que "Nós não escolhemos a vida, os pais, o nome, os irmãos, a pátria, a nacionalidade, dentre outros. A isso ele dá o nome de Determinismo". Mais a frente ele diz: "... não se pode permanecer no âmbito dos determinismos; é preciso elevar-se acima deles! Liberdade é escolha!".
    Assim, SER gay ou LGBT pode ser considerado um determinismo da natureza, mas VIVER como gay é ESCOLHA e toda escolha tem consequências. Liberdade de escolha supõe responsabilidade...
    Todo cristão que conhece a Palavra de Deus sabe bem o que Ela diz sobre o VIVER como gay. Assim, seja acolhido com muito carinho aquele leigo ou religioso(a) que por determinismo natural é gay, mas devemos fazer um discernimento muito profundo em relação àqueles que querem VIVER como gays dentro da Igreja.

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