O Sínodo da Amazônia sob ataque...


Um Papa mais acanhado teria se afogado neste ataque da extrema direita católica contra o Sínodo da Amazônia. O que era para ser um evento simples se transformou num divisor de águas. Os que semeia confusão temem perder seus privilégios.
   
A um pequeno grupo de cardeais e bispos se ajuntaram alguns padres e fiéis de todo o mundo para expressar os medos que carregam nos seus corações. São poucos e fazem bastante barulho. 

Estes senhores assinaram algumas proposições críticas ao Documento Preparatório do Sínodo Pan-amazônico, que começa no próximo dia 6/OUT, no Vaticano, com a missa do Papa na basílica de São Pedro. Desse Sínodo participarão 184 padres sinodais, dos quais 113 são provenientes das dioceses amazônicas (Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela...), 13 cardeais da Cúria15 Superiores Gerais de Ordens Religiosas e 33 membros de nomeação pontifícia. Um grupo de religiosas protestaram dias atrás por as mulheres católicas não estarem representadas com voz e voto no Sínodo. Para dizer a verdade: 35 mulheres participarão do Sínodo, mas nenhuma delas poderá votar.

O grupo da extrema direita contesta algumas teses do Instrumentum laboris: O tema "Novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral" os incomoda. Eles pensam que o Sínodo introduzirá uma "nova teologia" em bases ecológicas. 

Outro ponto de dissidência "teológica" é a questão dos "viri probati", ou seja, a possibilidade de ordenar homens casados ​​de certa idade e de fé comprovada para celebrar a Eucaristia nas comunidades, onde há escassez de padres. É bom saber que 75% das comunidades da Amazônia não têm vida sacramental. Essas comunidades têm a Palavra de Deus com catequistas, mas não os sacramentos.

Os que querem explorar indiscriminadamente as riquezas da Amazônia insistem que a Igreja não deve se preocupar com a `ecologia integral´ nem o meio ambiente, mas apenas com a salvação das almas. Eles fecham os olhos para o contexto onde a maioria das pessoas vivem. Condições desumanas corroem os relacionamentos humanos.

A Amazônia é um problema eclesial, pois nem todos os católicos têm direito aos sacramentos nem conseguem ter uma vida familiar digna.

Rezemos e acompanhemos.

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