A orientação sexual surge na puberdade assumindo uma orientação hétero ou homossexual; ambas formas de predisposição sexual são normais e não devem nem podem ser modificadas com ajuda externa. Essa descoberta, para alguns, traz desconforto e sofrimento e, não poucas vezes, projetado em Deus. Há solidariedade quando a dor do outro também doe em mim...
O sofrimento que a maioria experimenta deve-se à ausência de um parceiro. Esse sofrimento pode revelar uma ausência dos pais, dos amigos e até de Deus na própria vida. Frequentemente, lidar com a ausência de Deus é lidar com a ausência de um parceiro-amante.
Nos relacionamentos o que você busca? O bem-estar do outro ou a sua própria sensação erótica? Destruímos o amor se nos concentramos mais em nós do que no outro... Buscar a experiência pela experiência é buscar-se a si mesmo; buscar o outro pelo outro é experimentar o amor. Amo realmente o outro ou a experiência afetiva que ele me fornece? Amo Deus ou a experiência do divino. Para crescer no amor precisamos sair da autorreferencialidade.
A homofobia, fonte inesgotável de dor, é contrária do amor, e não poucas vezes expressão de afetos homoafetivos mal enfrentados, e não resolvidos. A homofobia sentida na própria família, nos amigos ou na própria comunidade religiosa é fonte inesgotável de dor.
A caricatura de pessoas gay como promíscuos, aidéticos, pedófilos e depredadores sexuais é um mito baseado no temor e na ignorância. Tal negatividade flutua no ar, e envenena a vida dos filhos e das filhas de Deus homoafetivos.
A aids aflige muitas pessoas, e não apenas os gays. Pessoas soropositivas carregam um plus de sofrimento e rejeição. Ela é uma doença e como tal deve ser tratada, e nunca como um castigo de Deus.
Dar razões para viver e amar é o papel principal de todas as religiões. Um Deus punitivo não é o pai de Jesus...
E você gostaria de acrescentar mais alguma coisa?
PD. Pe. James L. Empereur SJ: Direção espiritual e homossexualidade. Ed. Loyola 2006
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