O caminho da Sinodalidade na Igreja... (cf. Pe. J. C. Rengucci, PSSC)



Temos avançado nesse assunto da sinodalidade, daquele caminhar sozinhos ao caminhar juntos. Participar, dialogar e trabalhar em equipe com uma atitude de abertura a qualquer maneira de pensar e sentir foi um bom avanço. Tivemos que aprender a deixar de lado nossos narcisismos e assumir a pluralidade como um presente, e as diferenças como uma riqueza do Espírito. É um novo modo de ser Igreja.

Essa aprendizado gerou um estilo de vida, de pensar, sentir e agir acolhendo a diversidade como um dos de Deus, e não como elementos desintegradores. Avançamos no caminho da “comunhão poliédrica”.

Em um mundo complexo como o nosso fomos desafiados a expressar uma maneira plural de viver e trabalhar, respeitando fraternalmente nossas diversidades e dificuldades.

A sinodalidade é um dom do Espírito e uma dimensão constitutiva da pastoral da Igreja hoje, e faze parte do seu DNA

O Papa Francisco insistiu e insiste na sinodalidade, nesse buscar juntos, e implementar depois a vontade de Deus. Aprender a discernir o horizonte sempre novo que Deus deseja nos dar. No caminhar juntos experimentaremos a presença e a ação do Espírito Santo construindo o que aparentemente parece ser impossível. 

Há uma sinodalidade de baixo para cima e outra de cima para baixo; ambas se completam e complementam, permitindo a dimensão colegiada do ministério e do ser eclesial... Caminhar juntos com paciência, sabendo que não temos respostas exatas para tudo, mas apenas algumas opções para partilhar fraternalmente e experimentá-las. Opções que, uma vez decididas, nunca deveriam dar origem a divisões ou exclusões. 

Na ação pastoral coletamos muitos ecos da sinodalidade eclesial, tendo em vista a história e o caminho daqueles que nos precederam, mas também fomos testemunhas de não poucos  conflitos.

Nossas instituições, como a própria Igreja, estão em contínua reforma, para viver de modo mais adequado a sua missão evangelizadora. Não somos auto referenciais, mas queremos servir mais e melhor. Sem uma conversão pessoal não haverá reforma pastoral, e sem isso a Igreja será um museu. A Igreja é chamada a sair de si mesma e ir para as periferias existenciais das pessoas (Papa Francisco).

A característica dessa reviravolta eclesial é o caminhar juntos (sim odós!) sinodalmente. Uma igreja sinodal é uma igreja que escuta o que o Espírito tem a dizer à Igreja.

Nossas atitudes devem ser sempre a de escutar e discernir, dialogar e construir consenso. 

Num mundo polarizado e dividido somos chamados a construir pontes e não muros.  


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