Os “filhos de Deus” (Nefilins), Gn 6,2, são anjos corrompidos que tiveram intercurso sexual com as “filhas dos homens”, e geraram gigantes, pessoas monstruosas, violentas e poderosas que causaram muita maldade, e a queda de outros muitos e mitos. Essa é a interpretação mais comum desse texto antigo e misterioso do livro do Gênese.
É muito bizarra essa ideia de “anjos corrompidos” gerando pessoas monstruosas, e poderosas manipulando outros. Parece uma imagem psicodélica produzida por uma mente alterada. Mas, se olharmos o nosso panorama político o que mais encontramos é a corrupção por toda parte e em benefício próprio. Pessoas poderosas pensando só em si mesmas e criando um inferno ao seu redor.
Corruptio optimi pessima! É péssima a corrupção dos melhores! Diziam os antigos.
A luta entre o bem e o mal, a graça e o pecado, o Espírito e a carne é antiga e continua. A maldade nos habita, mas também o bem. Noé simboliza o grupo dos melhores, daqueles que viveram e vivem abertos para Deus, ajudando os demais. E eles formam a Arca, imagem da Igreja, que nos salva dos dilúvios da vida.
Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém, não te coloco no paraíso, mas no caminho dele. O inimigo afastou de ti a árvore da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti. Constituí anjos que, como servos, te guardassem, e ordeno a eles que te cuidem como filho meu e irmão de todos... Vai, e não peques mais!
Ser um anjo alado pode ser até bonito e interessante, mas o que nos salva não é a fantasia que temos, mas a fé em Jesus e o amor que nos habita e se transborda em ações de vida para os demais.
Peça a Deus ser uma pessoa decente, discípulo de Jesus, de carne e osso, e não apenas um ser alado bonito e maldoso.
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