Santo Sudário...

 Santo Sudário: Não é imagem de um morto, mas de um vivo se levantando...



O Santo Sudário Turim (4,5 metros de cumprimento e 1,1 de largura) sempre foi objeto de grandes estudos. A primeira característica estudada é a presença ou não de “rigidez cadavérica“. Tal rigidez é constatada “inicialmente na mandíbula e na musculatura ocular; rosto, pescoço, tórax, braços, tronco e, por último, às pernas. Este efeito chega à máxima expressão após 24 horas da morte e começa a desaparecer paulatinamente, em ordem inversaO próprio Pilatos se surpreendeu por Ele ter morrido tão cedo...


A gravidade dos traumas padecidos pelo Homem do Sudário e a sua perda de sangue teriam provocado uma rigidez precoce, desde 25 minutos após a morte. No entanto, os aparentes sinais de rigidez não correspondem aos sinais de rigidez post mortem classicamente atribuídos. Há uma semiflexão do pescoço e semiflexão assimétrica das articulações do quadril, dos joelhos e dos tornozelos... As características da posição registrada no Sudário não correspondem à rigidez que o corpo deveria ter ao ser descido da cruz.


Análises e testes com “homens entre 30 e 40 anos, entre 1,70m e 1,80m de altura”,solicitados a se levantarem de uma posição semelhante à do Homem do Sudário, eles mostraram “um deslocamento das mãos para os órgãos genitais ao flexionarem o tronco, uma elevação e semiflexão da cabeça e o apoio de uma planta do pé com menos flexão da perna e algum grau de rotação interna, como a observada no Sudário”.


Análise mais detalhada da posição evidencia que, na imagem não haveria rigidez cadavérica nos membros superiores, o que é contraditório, já que os músculos dos braços suportaram mais pressão durante a crucificação.

Uma postura rígida de um crucificado implicaria antebraços e articulações carpianas em semiflexão típica, como observado em muitos cadáveres e a posição dos dedos não corresponde ao esperado de um cadáver. A ausência dos polegares no Sudário pode ser atribuída a sinais de vida e não apenas à paralisia de um cadáver rígido.


Uma evidência de vitalidade na imagem poderia ser percebida na face, com a “presença de sulcos nasogenianos e nasolabiais”, linhas de expressão causadas pela ação dos músculos, e que desaparecem em pacientes com paralisia facial ou após a morte. Num cadáver recente, a musculatura facial relaxa e os sulcos desaparecem e a boca se abre.

A postura assimétrica de semiflexão observada nas pernas, a semiflexão da cabeça e a colocação das mãos na região genital poderiam indicar que estamos diante de uma pessoa iniciando um movimento de levantar-se.

Uma análise dos textos evangélicos em coerência com as evidências do Sudário situaria o momento do registro da imagem “entre a primeira vigília do domingo (19 às 21 horas do sábado) e a segunda vigília (21 horas à meia-noite), ou, quando muito, no início da terceira vigília do domingo (meia-noite até 3 da madrugada) do terceiro dia da morte”.

Se o Sudário fosse falso, os sinais de sangue e as outras características nele verificáveis requereriam uma verdadeira obra de arte realizada por alguém com minuciosos conhecimentos médicos, forenses e de processamento de imagens em tecidos antigos, e que ainda fosse capaz de realizar uma falsificação perfeita com as técnicas disponíveis no século XIV.

“Uma segunda opção, levando em conta o relato evangélico, é que se trata de um pano que pertenceu a um rabino, que foi enterrado segundo a tradição judaica, após ter sido crucificado e flagelado conforme a prática romana. A imagem foi registrada quando ele estava vivo, já que contém sinais estáticos próprios de uma pessoa morta, mas também sinais dinâmicos de vida”...

 

Se o Sudário cobriu o corpo de Jesus, é razoável pensar que Ele estaria interessado não apenas em nos mostrar os sinais da morte, mas também os da ressurreição, no mesmo objeto. Analisando os tempos transcorridos desde a morte até a ressurreição, e seguindo o relato dos evangelhos, parece que Jesus morreu no momento que coincidia com o sacrifício dos cordeiros do povo judeu e começou a se levantar na aurora do primeiro dia da semana (domingo). 

 

 

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