Teodolfo Mertel (1806-1899), último leigo criado cardeal...

 


Rodolfo Mertel, advogado, diácono e cardeal da Igreja Católica Romana. Ele foi o último cardeal leigo.

Rodolfo nasceu na cidade de Allumiere, província de Lazio, então parte dos Estados pontifícios. Estudou na escola paroquial dos frades capuchinhos. Depois, completou seus estudos na Universidad Sapienza, de Roma, onde obteve o doutorado em direito civil e canônico.

Mertel tornou-se advogado da Cúria Romana, em 1831, e logo foi promovido a juiz e Auditor. Entre seus cargos estava o de prefeito da Congregação de S. Ivo, sociedade de advogados e procuradores, fornecendo defesa gratuita aos pobres de Roma.

O Papa Pio IX logo o nomeou cardeal diácono, em 1858, com a igreja titular: Basílica de Santo Eustáquio.
Dois meses depois, o mesmo Papa o ordenou diácono, de modo que, no momento em que foi criado cardeal, ele era leigo. Ele foi último leigo da história a ser criado cardeal. Mertel nunca foi ordenado sacerdote.

Mertel participou do participou do conclave de 1878, que elegeu Papa a Leão XIII. Durante a cerimônia de coroação, Mertel serviu como proto-diácono e coroou o novo Papa, pois quem devia fazê-lo ficou doente. Em 1881, após a morte do cardeal Caterini, ele se tornou cardeal Proto-diacono e mudou seu título para o da Igreja de Santa Maria, in Via Lata, anteriormente ocupada pelo falecido cardeal.

O Papa Leão XII nomeou Mertel vice- chanceler da Santa Igreja Romana, em 1884, cargo que ocupou até sua morte. Novamente o seu título foi alterado, desta vez para o da Basílica de San Lorenzo em Damaso. Como o cardeal Mertel não era presbítero, o título de cardeal-sacerdote de San Lorenzo em Damaso foi tratado como um profissional da diaconia.

Já idoso, o cardeal Mertel se retirou para sua cidade natal, onde morreu em 1899. Seu funeral foi realizado na Igreja da Assunção, matriz da cidade, e depois foi enterrado no túmulo de sua família no Santuário da Madonna delle Grazie.

Só em 1917, dezoito anos após a morte do cardeal Mertel, o papa Bento XV decretou, que todos os cardeais deveriam ser também presbíteros.

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