Da PUC/SP para uma aldeia indígena de Roraima...

 


Conheci o Gabriel V. quando finalizava o curso de direito, anos atrás. Entrou no noviciado dos jesuítas e agora me disse que está no Novo Paraíso, com uma tribu dos Wapichana, a 150 Km de Boa Vista, mato a dentro. Os Wapichana tem um mulher indígena, Joênia, formada em direito, eleita deputada federal 

 

Lembro de uma missionária leiga, espanhola, que tinha ido para uma outra missão e o coordenador do envio vendo que tinha repugnância em comer carne de macaco, disse-lhe: Você não poderá ficar aqui conosco, enquanto tiver essa aversão estomacal à carne de macaco... Só sei que ela, fazendo de tripas coração, ficou na missão. Gabriel já passou por essa experiência, aos poucos dias de chegar. 

 

Para ir no meio dos indígenas, Gabriel teve que fazer um curso sobre realidade amazônica, de quase um mês, em Manaus, e atualmente mora com um outro jesuíta, chileno, num barraco de madeira com uma latrina ou fossa, do lado de fora, sem vaso sanitário.

 

A opção pelo povo indígena exige renúncias que só os mais generosos conseguem fazer. 



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