É possível a convivência entre judeus e palestinos?



O genocídio sofrido pelos judeus na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial, chocou o mundo e estabeleceu as condições políticas para que um Estado judeu pudesse ser criado na Palestina. Os ingleses, que eram a autoridade colonial da região, abriram mão de seu domínio e entregaram a disputa de palestinos e judeus para a Organização das Nações Unidas.

A decisão tomada pela ONU foi a de dividir a Palestina entre judeus e árabes. Dessa forma, aproximadamente metade do território seria ocupada por um desses povos, e Jerusalém, a capital, ficaria sob administração internacional. A ONU estabeleceu o seguinte:

  • Israel seria formado por 53,5% das terras;

  • Palestina seria formada por 45,4% das terras;

  • O restante corresponderia a Jerusalém, sob controle internacional.

Essa proposta foi aceita pelos judeus, mas foi rejeitada pelos árabes. Mesmo assim, foi aprovada em Assembleia Geral da ONU, NOV 1947. No ano seguinte, os britânicos se retiraram da Palestina, e, em MAI/1948, foi proclamada a fundação do Estado de Israel.

A fundação do Estado de Israel não foi bem-aceita pelas nações árabes, que deram início a um ataque contra os israelenses. Esse ataque foi desastroso para os palestinos, uma vez que Israel possuía forças armadas melhores e mais organizadas. Esse conflito fez com que Israel expandisse o seu território, em 79%. Vitória para Israeel, e tragédia para os árabes

Na década de 1950, os israelenses  invadiram a Faixa de Gaza e a Península do Sinai. Em 1967, foi inciada a Guerra dos Seis Dias após ataques de Israel contra a Síria. Em apenas  poucos dias, os israelenses tomaram a Faixa de Gaza, a Península do Sinai, as Colinas de Golã da Síria, Jerusalém Oriental e a Cisjordânia. 

Em 1973, teve início a Guerra do Yom Kippur, em que os países árabes tentaram reaver seus territórios. Todavia, Israel conseguiu uma nova vitória, pois contava com o apoio indireto dos Estados Unidos. 

Em 1979, Israel decidiu devolver a Península de Sinai para o Egito, e selar um acordo entre os dois países, Acordos de Camp David. Com isso, os egípcios tornaram-se os primeiros árabes a reconhecerem oficialmente o Estado de Israel, o que gerou profunda revolta entre os demais países árabes.

No ano de 1987: Primeira Intifada, revolta espontânea da população árabe palestina contra o Estado de Israel; o povo atacou com paus e pedras os tanques e armamentos de guerra judeus. A reação de Israel foi dura e gerou um dos maiores massacres do conflito, o que desencadeou uma profunda revolta da comunidade internacional.

No mesmo ano, foi criado o Hamas, mais radical, pois visava à destruição completa do Estado de Israel. Atualmente, Israel considera o Hamás como organização terrorista.

Em 1995, Yitzhak Rabin foi assassinado por um extremista judeu, e a extrema-direita ganhou força dentro de Israel. Dessa forma, os judeus não cederam mais para desocupar áreas palestinas. Por isso, os termos de paz dos Acordos de Oslo resultaram em um fracasso.

Muro separando Israel e Palestina.
Israel começou a construir muros para separar os locais habitados por israelenses e palestinos.

No ano de 2000, teve início a Segunda Intifada, liderada pelo Hamas. Uma ofensiva  montada contra Israel, que novamente respondeu duramente, além de demolir casas de palestinos e iniciar a construção do Muro da Cisjordânia. Milhares de mortes aconteceram em ambos os lados da guerra, que se estendeu até 2004, com a morte do líder do Hamas.

Acordos de paz foram feitos, e, assim, teve início a desocupação por parte de Israel da Faixa de Gaza e de partes da Cisjordânia, ações que resultaram no recebimento do Prêmio Nobel pelo primeiro-ministro israelense Ariel Sharon.

Em 2006, a vitória do Hamas nas eleições da Autoridade Nacional Palestina elevou novamente. Os atentados terroristas, sobretudo com carros-bombas, prosseguiram sobre Israel.

Em 2008, um acordo de cessar-fogo foi realizado entre o Hamas e Israel por mediação do Egito. No entanto, seis meses depois, o acordo não foi renovado, pois os judeus recusaram-se a findar o bloqueio econômico então adotado. Assim, a região foi  alvo de novos ataques e disputas.

Em 2014, novas ofensivas aconteceram de ambos os lados. Houve ataques dos dois lados, mas Israel, por ter melhores defensas e armamentos, teve vantagens sobre a Palestina.

Cerca de 65 soldados israelenses foram mortos, enquanto mais de dois mil palestinos, combatentes e civis, foram assassinados no conflito. Por essa razão, muitos países, incluindo o Brasil, passaram a questionar a atuação brutal de Israel na região.

Destruição na Faixa de Gaza depois de um bombardeio israelense.[1]

O conflito entre palestinos e israelenses acontece por décadas e tem como questão central o domínio da terra. Entretanto, nos últimos anos, muitas críticas a Israel vêm ocorrendo pela forma como essa situação é conduzida, sobretudo pela violência desproporcional utilizada contra as populações palestinas. Quando as coisas andam muito misturadas não é fácil separar bons dos maus, justos de pecadores. 

Em 2023 uma celula do Hamás entrou em território israelita com motocicletas e parapentes, matando muitos colonos judeus, colhidos por surpresa, e sequestrando mais de 150, que foram levados para os túneis cavados sob a cidade de Gaza. A resposta de Israel foi de aniquilar casas em busca dos refens capturados. Gás, água potável, alimentos, remedeios e até a energia elétrica foram cortados e os bombardeios intensificados, destruindo moradias, escolas e hospitais. É o momento que estamos vivendo.

Agar e Raquel choram seus filhos e filhas, pois não existem mais! TODA GUERRA É O FRACASSO DO PROJETO DA FRATERNIDADE HUMANA!


   


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