28. Pobre e humilde... (Autobiografia de S. Inácio de Loyola)

Estamos no ano de 1523 e encontramos Inácio de Loyola a caminho de Jerusalém... Mas, como seguir o Senhor se temos o coração dividido? Como percorrer os caminhos que Ele andou, carregado de coisas supérfluas e desnecessárias?

A causa pela qual não ousou dizer que ia a Jerusalém, foi por temor de vanglória. Este temor o afligia tanto, que nunca ousava dizer de que terra, nem de que casa era. Por fim, arranjou os víveres e embarcou. Mas encontrando-se na praia com cinco ou seis moedas, que lhe tinham dado ao pedir pelas portas, porque desta maneira costumava viver, deixou-as num banco que achou ali junto da praia. Embarcou-se, depois de ter ficado em Barcelona mais de vinte dias...  (Autob. 36/37).

Provavelmente Inácio de Loyola lembrava aqueles textos: Não leveis bolsa, nem sacola... Não podeis servir a Deus e ao dinheiro!...

Inácio sabia por experiência que o dinheiro seduz e tem um grande poder. Lembrava dos tempos de sua juventude desvairada no castelo Real de Arévalo e como se perdera em futilidades, seduzido pelo modo hedonista de viver. Por muito tempo vivera na ostentação e vaidade, distante dos valores Evangélicos.

Conheci pessoas que perderam seus melhores ideais por causa do dinheiro. O ter mais significava para eles, maior liberdade e poder. Quanto mais acumularam, mais se fecharam para as necessidades dos outros. Inácio rompe com essa corrente sedutora, que um dia tanto o seduzira e aprisionara!

Uma pergunta: O que você é e tem estão a serviço de quem?