Adeus...


No momento da minha partida,
desejai-me boa sorte, ó meus amigos!
O céu tornou-se rubro com a aurora e está lindo meu caminho!
No indagueis o que levo comigo ao partir.
Sigo viagem de mãos vazias e coração esperançoso.
Usarei minha grinalda de núpcias.
Não me pertence este traje vermelho púrpura de peregrino.
Embora haja perigos no caminho, meu espírito viaja sem medo.
Minha viagem terminará quando surgir a estrela vespertina
e as notas plangentes das melodias crepusculares
soarem aos portões da estrada real... 

(R. Tagore (1861-1941) - Gitanjali, poema 94)

3 comentários:

  1. Profundo... e um convite ao silêncio para melhor saborear!
    Grata Pe. Rámon.

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  2. ainda me pergunto o significado dessa renuncia... "para que ele renunciou?"

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  3. Como escreveu o Pe. Vallés, SJ: "É preciso saber entrar... e sair. Sem apegos."

    Admirável coragem, doação e a busca pela ordem dos afetos. Exemplar.

    Obrigado por compartilhar, amigo.

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