O Sínodo dedicado à família começa hoje, no Vaticano. É o
arranque de um processo longo que culminará com um novo Sínodo dedicado ao
mesmo assunto, em 2015, e que contará ainda com o Encontro Mundial de Famílias, nos EUA, no qual o papa Francisco pretende participar.
Participam deste Sínodo: 191 Padres sinodais (61 Cardeais, 1 cardeal patriarca, 7
patriarcas, 1 arcebispo maior , 67 arcebispos metropolitanos, 47 bispos, 1 bispo Auxiliar, 1 sacerdote prelado e 6 religiosos). Também participam alguns convidados: 16 peritos, 38 auditores e auditoras e 8 delegados fraternos. As conclusões do Sínodo só serão conhecidas após a publicação de um exortação pós-sinodal, não antes de 2016.
A
Caminho do Sínodo dos Bispos é o artigo de D. Orani, Cardeal Arcebispo de Rio de Janeiro, e que agora resumimos.
O Sínodo dos Bispos é
uma reunião de trabalho de vários dias que o Papa convoca, chamando alguns
bispos de cada país para analisarem algum assunto importante da Igreja. Essa Assembleia prepara o
Sínodo Ordinário que será realizada em outubro do próximo ano. O último Sínodo sobre a família foi
realizado pelo Papa São João Paulo II em 1981, de onde saiu a
Exortação Apostólica “Familiaris Consortio”, texto de referência para este assunto.
O Sínodo tem um secretário geral que
organiza a sua preparação, depois de uma ampla consulta. São
muitas perguntas e muitos questionamentos sobre o tema. O secretário geral do
Sínodo disse que a Igreja, como mãe, promoverá uma “pastoral de misericórdia”
para aqueles casais que estão em situações de irregularidade canônica. Sem
dúvida esses temas são os que causam mais expectativa hoje. Mas também devemos
nos preocupar com a situação que a diminuição da celebração do matrimônio e da
natalidade fazem mudar a cultura familiar nestes tempos de transformações. Além
disso, a própria contestação sobre o sentido do que é Família é um tema que a
imprensa mais costuma discutir.
O Documento de Trabalho do Sínodo foi baseado
nas respostas que as Conferências Episcopais, enviaram
para a Secretaria do Sínodo. Desta vez, e devido ao interesse do assunto, a
atenção dos fiéis foi despertada para uma maior participação. Despertaram muita atenção as discussões sobre as
situações pastorais difíceis: “convivência e uniões de fato, casais desquitados e divorciados que casaram
pela Igreja e voltaram a se unir...”
Sobre os casais que se uniram em matrimônio religioso
e após o divórcio estão impedidos de casar pela Igreja e receber os
sacramentos, o Secretário do Sínodo reconheceu que estes “vivem com sofrimento
sua situação de irregularidade na Igreja”, e afirmou que a Igreja “sente-se
interpelada a encontrar soluções compatíveis com sua doutrina”, que guiem uma
vida serena e reconciliada. Ele manifestou a “relevância de simplificar e
agilizar os processos judiciais de nulidade matrimonial”.
Outro assunto que preocupa a Igreja é uma realidade da qual não se
tem como fugir hoje, do cuidado dos filhos adotados por pessoas do mesmo sexo
em união civil.
O Documento de Trabalho, segundo o relator oficial do Sínodo,
oferece “uma panorâmica da situação da pastoral da família”. Fica o
desafio de encontrar caminhos para fortalecer o matrimônio e para também acolher os que vivem uma situação
difícil em relação à vida familiar.
Rezemos...
Uma pergunta: Qual a sua expectativa sobre este Sínodo?
Espero coerência da Igreja com a Sagrada Escritura e que a família concebida por Deus continue sendo respeitada como valor sagrado. A simplificação do processos de nulidade matrimonial considero positiva para regularização da situação dos casais
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