Esoterismo e pluralismo religioso...

Estou cheio de eternidades...
O homem é um ser limitado e busca freneticamente a salvação por toda parte. Essa procura é universal e milenária, pois em todos os lugares e épocas o ser humano se percebe como incompleto e insatisfeito. As pessoas sentem-se ameaçadas não só pelos fenômenos da natureza, mas por tudo aquilo que conseguimos fazer com as nossas mãos e inteligência. A sociedade tecnológica que temos, com o seu poderio industrial e bélico, é perigosa e por vezes terrificante.

Você sabe que muitas máquinas e alguns animais são mais valorizados e melhor cuidados do que muitas pessoas. Incrível! Esta experiência deixa-nos perplexos e por vezes até desamparados.  Daí a corrida para o mundo da fantasia e da magia, prometendo segurança aos nossos medos e incertezas.

Diante da complexidade da vida e do mistério humano buscamos respostas que tranquilizem o nosso coração. Os elementos esotéricos ("soter" = salvação) carregando uma falsa salvação se encontram por toda parte. Diante de situações de extrema vulnerabilidade sentimo-nos atraídos por soluções prontas e fáceis, para suprir nossas inumeráveis carências e necessidades. 

Há um imenso e surtido supermercado do religioso, oferecido por grupos organizados empresarialmente. As “empresas religiosas” atraem mais clientes do que fiéis, oferecendo conforto e segurança a baixo custo e em curto prazo. Este consumo do “religioso” é de tal modo frequente que, as pessoas se acostumaram a circular por templos e igrejas, centros e tendas sem problemas de consciência.

A diversidade de cultos e a avalanche de propostas religiosas oferecidas (cura divina, felicidade, tarô, numerologia, cabala, búzios, I Ching...) é tanta que a mesma CNBB dedicou um documento ao assunto do pluralismo religioso no Brasil.

As crenças religiosas não podem ser utilizadas para nos agredirmos, mas para construirmos juntos a fraternidade e a PAZ.

 

Uma pergunta: O que você acha do pluralismo religioso?

3 comentários:

  1. Meu caro sexto irmão, uma pergunta um tanto complicada pois se esse pluralismo levasse a experiencia com Deus, único e possivel,de tudo não seria desastroso. Porem como são tratados como clientes e não fiéis torna-se uma possibilidade quase impossivel.
    Por outro lado, me fez sentir (não vem ao caso se estou certo ou errado.) mais convicto de minha crença, minha religião, virgem Maria mãe de nosso senhor Jesus Cristo e um pouco tambem mais radical (um tanto radical o termo)quando questionado, ou comemtando sobre questões religiosas e me pergunto as vezes se realmente o que interessa é a quantidade, ou a qualidade dos fiéis de nossa religião. A sorte é que Deus Pai ama a todos como só ele pode.
    É muito bom poder sentir estar perto de voce através do seu SANTO site TERRA BOA.
    Não repare os possíveis erros de portugues, mais sempre com muita admiração e saudades desejo-lhe uma(s) boa noite.
    Adolfo Nunes.

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  2. "Há um imenso e surtido supermercado do religioso, oferecido por grupos organizados empresarialmente. Estas “empresas religiosas” atraem mais clientes do que fiéis, oferecendo conforto e segurança a baixo custo e a curto prazo. Este consumo do “religioso” é de tal modo freqüente que, as pessoas se acostumaram a circular por templos e igrejas, centros e tendas sem problemas de consciência. "

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  3. Eu acolho e valorizo o pluralismo religioso. Há muitos credos milenares, muitos até mais antigos que o catolicismo, sérios, todos contribuem para que o ser humano conheça e viva os valores e virtudes divinas.

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