Introdução ao AT: Êxodo dos hebreus (1.230 aC)...

Seguindo a arqueologia podemos afirmar que as diversas entradas na terra de Canaã foram unificadas num só relato. Um grupo saiu no início do sec. XVI e destruiu Jericó; outro grupo, os habiru (= vagabundos, não povo, hebreus?...), sec. XIV, atacaram assentamentos cananeus e tomaram suas terras. Por fim, um terceiro grupo liderado por Moisés saiu do Egito entre 1250 e 1230 aC. Eram tempos do Faraó Ramsés II.

Egito simboliza a confusão entre Deus e o criado. Lugar da idolatria, onde as criaturas são adoradas como deuses. Diviniza-se tudo e nessa confusão se banaliza o divino. Deus é transformado num dos componentes do mundo. É preciso sair dessa situação: ‘Sai do Egito para me adorar...’ Há muitas pessoas que nunca saem da sua mesmice!

           

Este ‘sair’ se expressa em termos geográficos. É preciso ‘sair dessa situação idolátrica...’ Mas, entre o Egito e Canaã está o deserto que é preciso atravessar...

Qualquer lugar pode ser Egito ou a Terra Prometida. Tudo depende de como se vive. Deserto é o tempo para reeducar as atitudes a partir da fé. Moisés e Josué são as centrais nesta epopeia de salvar ‘muitos’.       

           

O primeiro se relacionava com Deus ‘face a face’, como um amigo fala com outro (Ex 33, 11) e o segundo, Josué, sempre foi fiel a Deus.

A Teofania no sopé do Monte Horeb (ou Gebel Musa: 2275 m), Sarça que arde e não se consome, e a revelação do santo nome de Deus[1] é um dos pontos mais altos da união com o divino. Aliança gratuita do Santo com o limitado.

A Arca da Aliança foi feita neste lugar[2] e aqui também chegará, quatro centos anos depois, o profeta Elias fugindo do rei Acab e da sua raivosa esposa. 

Deus se revela e pede a fé como resposta. 

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[1] O tetagrama (4 consoantes) é  escrito e lido da direita para esquerda יהוה (Yud י, Hêi ה, Vav ו, Hêi ה: Eu sou!). O Mosteiro de Sta. Catarina, construído pelo imperador Justiniano em 527, onde a tradição dizia ter acontecido a teofania.

[2] Feita de Acácias espinhosas.