LAUDATO SI´. A nova encíclica do Papa Francisco…

Alguém teve acesso à encíclica “Laudato Si´”, dias antes de sua publicação. Começa com o Cântico das Criaturas, de São Francisco de Asis, e lamentar o estrago que fazemos na Irmã água, e Irmã terra....
Introdução. Francisco lembra o que seus predecessores, Paulo VI até Bento XVI e alguns líderes católicos disseram sobre o cuidado da natureza. “A natureza é um libro esplêndido no qual Deus fala de sua beleza….
Capítulo primeiro: “O que está acontecendo na nossa casa”. Mudanças climáticas afectam especialmente aos países subdesenvolvidos. Problema da seca, diminuição da biodiversidade, a deterioração da qualidade de vida, Nossa casa comum está muito deteriorada..
Capítulo segundo: O Evangelho da Criação”. Destino universal dos bens. “Crentes e não crentes estamos de acordo de que a terra é para todos”. O meio ambiente é “um bem coletivo, patrimônio da humanidade e sob a responsabilidade de todos”.
Capítulo terceiro. Raiz humana da crise ecológica”. O crescimento tecnológico não acompanhou o desenvolvimento do ser humano em quanto à responsabilidade, valores e a consciência..
Capítulo  quarto, Por uma ecologia integral. ”O bem comum pressupõe o respeito pela pessoa humana com direitos fundamentais e inalienáveis ordenados ao seu desenvolvimento integral”.
Capítulo quinto. Propõe algumas linhas de orientação e ação: Diálogo entre política, economia, e entre fé e ciência.

Capítulo sexto e último: “Educação e espiritualidade ecológica”. Um novo estilo de vida, respeitado o meio ambiente.

Para ler a encíclica em português CLIQUE AQUI


3 comentários:

  1. O problema da igreja em se meter nesse assunto é que ela ignora varios outros fatores extremamente importantes. o meio ambiente não é um personagem ou objeto, mas na verdade só mais um cenario de uma cadeia. Não posso falar em reciclagem se esse metodo de reuso não impede a agressão no momento da primeira confecção, se não impede que sistema economico favoreça as empresas, se não impede as fiscalizações de não atuarem afim de que as leis de proteção do ser humano (trabalhador) sejam cumpridas, se não impede que os cientista (ainda há muitos "nazistas") pesquisem formas de extrair mais da natureza e poucos cientistas consigam encontrar soluções para novos processos, novos materiais, novas estruturas...
    Enfim, é mais um livro que coloca a culpa e responsabilidade nas costas da base da piramide... o problema é o plastico deste teclado que vc digitou, nos folhetos plastificados que sua igreja usa para fazer propaganda de eventos (e ate mesmo do livro), no silicio do seu computador, nos imigrantes que tentam entrar no seu pais e são aceitos alguns justamente para fazer esses trabalhos contra a natureza sem reclamar ou questionar e etc. To cansado de bla bla bla... o dia que a igreja voltar a colocar na praça ações contra os poderosos ate mesmo dentro ao inves de ficar nesses discursos politiqueiros eu volto a participar das missas... e até mesmo recupero a importancia de me confessar com um sacerdote. Tem que morrer pra Viver e vcs estão mais preocupados em comer bem, em ter o Iphone da moda, ter a roupa sem amassado entre outras regalias.

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  2. Ainda não li a prévia da Encíclica, mas assim como em muitos assuntos "laicos" em que a Igreja tem se posicionado, sinto um profundo chamado a uma nova espiritualidade. Todas as vezes em que tenho a felicidade de me ver sendo compreensivo, percebo que na verdade estou sendo capaz de ver onde os pés de quem se pronuncia pisam e percebendo qual o terreno que dá consistência ao seu discurso. Creio que a Igreja, está na trama política do mundo como todo ser de consciência está, seja confirmando as certezas de um tempo ou de um líder (conferindo a esse tempo e a esse líder o seus status de prioridade de fala e pensamento), seja como lideranças ou agentes representativos de toda ordem. Se calando sobre o mundo, e cuidando só de si, a Igreja dá um recado ao mundo tanto quanto ousando se pronunciar e deixando a infalibilidade para Deus. Mas o lugar de fala da Igreja é o espiritual. Assim como o lugar de fala do especialista é a academia, e isso não o impede de emitir posições sobre assuntos outros que não o seu doutorado o permite. E neste caso, todos olharão para o douto e saberão, que apesar de ousar em outras áreas, sua autoridade é o seu tema. A Igreja falando sobre o meio ambinte, fala de uma espiritualidade que olha para a vida, que convida a uma forma de vida conectada com as limitações e possibilidades do homem sobre a Terra. Para mim, a Encíclica é antes de tudo um documento espiritual, e não erra ao ousar propor um mundo novo, que passa obviamente por mudanças profundas no jogo de poder que constitui a atual ordem do dia.

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  3. A Encíclica é maravilhosa e responde a todos os "questionamentos" e indignações do primeiro debatedor. Só para exemplificar, transcrevo este pequeno fragmento:
    123. A cultura do relativismo é a mesma patologia
    que impele uma pessoa a aproveitar-se de
    outra e a tratá-la como mero objecto, obrigando-
    -a a trabalhos forçados, ou reduzindo-a à escravidão
    por causa duma dívida. É a mesma lógica
    que leva à exploração sexual das crianças, ou ao
    abandono dos idosos que não servem os interesses
    próprios. É também a lógica interna daqueles
    que dizem: «Deixemos que as forças invisíveis
    do mercado regulem a economia, porque os seus
    efeitos sobre a sociedade e a natureza são danos
    inevitáveis».
    É ler para crer.

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