Globalizemos o amor neste nosso mundo tão sofrido...
Os lobos do Vaticano, setores poderosos da Cúria Romana que
acossaram Bento XVI, até
causar sua renuncia (FEV/2013), continuam vivos e trabalhando juntos contra as
possíveis reformas do Papa Francisco.
Dos 220 cardeais que tem a Igreja, um pequeno grupo se opõe
ferrenhamente às mudanças que a maioria deseja. Cinco cardeais, de grande peso
eclesial, se destacam nessa nova cruzada que pouco tem a ver com a misericórdia do Evangelho:
Gerhard Ludwig
Müller (*1947/Alemanha): Prefeito da Congregação para
Doutrina da Fé, Presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, Presidente da
Pontifícia Comissão Bíblica e Presidente da Comissão Teológica Internacional.
Walter
Brandmüller (*1929/Alemanha): Presidente emérito do Pontifício
Comitê das Ciências Históricas.
Velasio De Paolis (*1935/Itália): Foi presidente da Prefeitura de Assuntos
Econômicos da Santa Sé e ex-Delegado Pontifício para a Congregação dos LC.
Carlo Caffarra (*1938/Itália);
Raymond Leo
Burke (*1948/USA): Foi Prefeito do Supremo Tribunal da
Assinatura Apostólica no Vaticano e atualmente é patrono da Ordem Militar de
Malta. Na penumbra
acaba de lançar uma "Filial súplica a sua
Santidade o Papa Francisco", assinada por 460 mil
aderentes, fato totalmente coercitivo e nada filial para com o Papa. É pura pressão para pressionar o Papa,
para que reafirme a doutrina tradicional sobre a família.
E ainda há outros. Baselios Cleemis Thottunkal, arcebispo maior de Trivandrum/Índia; Josef Cordes,
presidente emérito do pontificio conselho Cor Unum/Alemanha; Dominik Duka,
arcebispo de Praga/República Checa; Jacobus Eijk,
arcebispo de Utrecht/Holanda; Joachim Meisner,
arcebispo emérito de Colonia/Alemanha; John Onaiyekan,
arcebispo de Abuja/Nigeria; Antonio María Rouco Varela, arcebispo emérito de Madri/Espanha; Camillo Ruini,
vicário emérito do Papa para Roma/Italia; Jorge Urosa
Savino, arcebispo de Caracas/Venezuela...
Esses lobos vão saindo devagarinho das suas tocas e mostrando o seu rosto. Inteligentes, mas aferrados às tradições mais ortodoxas do poder e da doutrina. Provavelmente há outros, escondidos e que também rezam assim sobre o Papa Francisco: Ilumina-o, Senhor, para que deixe a Igreja como sempre esteve ou elimina-o antes de que ele mude tudo ... Oxalá fossem também exímios na caridade!
No próximo
Sínodo sobre a família (OUT/2015), estes cardeais manterão posições ultraortodoxas e que em nada
favorecerão aos que já a vida castigou duramente. Ninguém rompe os laços do
amor sem muita dor.
Não é verdade, e ainda menos infalível, que, à luz das Escrituras
ou da Tradição patrística, o
comportamento misericordioso com
os que se encontram em segundas núpcias seja incompatível com o reconhecimento da indissolubilidade
do matrimônio. Não queremos soluções alternativas, mas aditivas. Por favor, não globalizemos a indiferença, mas o amor.
Os lobos precisam ser amansados. Quem sabe o Papa Francisco repete, mais uma vez, o milagre de Gubbio, como fez aquele santo Francisco de Assis.
Superemos o legalismo e o rigorismo em nome do Amor.
adorei dar nome aos bois, ramon
ResponderExcluirO poder corrompe. Corrompe a lobos, corrompe a mim e, talvez, até a você... Corrompe sobretudo os lugares onde se perdeu a capacidade de relacionar-se a partir do verdadeiro sentimento... (M.A)
ResponderExcluirO problema de atacar lobo dentro da igreja é que tem aqueles com pele de coordeiro ao seu lado querendo q vc q é coordeiro espante o lobo para depois eles sairem da fantasia e comerem sozinho tudo... (T.T)
ResponderExcluirO poder corrompe. Corrompe a lobos, corrompe a mim e, talvez, até a você... Corrompe sobretudo os lugares onde se perdeu a capacidade de relacionar-se a partir do verdadeiro sentimento... (M.A)
ResponderExcluirMedo? Sim, "medo": Se afrontam o Papa Francisco, não tem o senhor, medo de uma represália? (R.A.C)
ResponderExcluirParabéns Pe. Ramon. Texto lúcido e maravilhoso. Talvez falte uma palavra no vocabulário de muitos destes: compaixão. De nada valem as regras se não produzem vida. E foi para isso que Jesus Cristo veio: "para que todos tenham vida em abundância" (Jo 10,10).
ResponderExcluirBravo caro amigo. Excelente reflexão; de forma sincer e corajosa você mostra as via sacra do papa do fim do mundo. Infelizmente muitos são os purpurados que fazem questão de abandonar os caminhos do Homem de Nazaré mas o poder do Pai e de seu Filho nos dará a senda para a presença do verdadeiro Reino entre nós; vamos juntar nossas vozes e nossas orações pzra que Francisco nosso lider continue nessa caminhada pois nosso DEUS é de todos e para todos... (L.V)
ResponderExcluirSínodo, Müller: risco de cisma. ‹‹ Aqueles que são fiéis aos ensinamentos da Igreja estão sendo difamados como ‘adversários do Papa’››.
ResponderExcluirO Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Gerhard Müller, falando em Regensburg, alertou sobre a possibilidade real de uma divisão séria dentro da Igreja sobre as questões que afetam o casamento e sexualidade.
Por Marco Tosatti – La Stampa | Tradução: Gercione Lima – FratresInUnum.com – Ele referiu-se em particular aos bispos de sua Alemanha natal, e disse que pretensão deles de assumir um papel de liderança na definição da política da Igreja universal deveria ser examinadas de modo crítico, especialmente à luz do êxodo em massa na Igreja Católica na Alemanha.
Müller acrescentou que a Igreja não deve aceitar a secularização evidente na Europa Ocidental, porque “não é um processo natural inevitável”. Ainda que a tendência seja forte, uma evangelização enérgica pode confrontá-la, “porque a fé move montanhas”.
Müller criticou a maneira com que se tenta desconstruir a doutrina católica do matrimônio: exegético, histórico, com a história do dogma, psicologia e sociologia, uma doutrina que nasce do ensinamento de Jesus, mas que querem torná-la compatível com a sociedade atual. Ele também disse que aqueles que são fiéis aos ensinamentos da Igreja estão sendo difamados como “adversários do Papa”, como se o Papa e todos os bispos em comunhão com ele não fossem testemunhas da verdade revelada.
Enfaticamente, ele evocou o risco de uma divisão, no que diz respeito à separação entre a doutrina e a prática religiosa: “temos de estar muito atentos e não esquecer a lição da história da Igreja”, referindo-se ao cisma protestante de 1517. Ainda sobre o casamento, disse: “Não devemos deixar-nos enganar quando se trata da natureza sacramental do matrimônio, da sua indissolubilidade, a sua abertura aos filhos e a complementaridade fundamental entre os dois sexos A assistência pastoral deve ter em vista a salvação eterna”. E concluiu: “Não se trata de adaptar a revelação ao mundo, mas ganhar o mundo para Deus.”