35 Jesuítas no mundo da Lua...


"Viver no mundo da lua", na nossa gíria, significa viver distraído, abobado e isso não é bom. Os 35 jesuítas no mundo da Lua, pelo contrário, foram cientistas famosos que deixaram seus nomes nas crateras lunares descobertas por eles. Convido-o a conhecê-los:

Bettinus (71,4 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Mario Bettini (1582–1657), astrônomo e matemático italiano.

Billy (45,7 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Jacques Billy (1602–1679), matemático francês.

Blancanus (105,3 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Giuseppe Biancani (1556–1624), matemático italiano.

Boscovich (46 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Rudjer Boscovich (1711–1787), astrônomo italiano. Em 1760 fora admitido na Royal Society de Londres.

Cabeus (98,4 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Nicolau Cabei (1586–1650), físico italiano. Dedicou-se ao estudo do magnetismo.

Clavius (225 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Cristóvão Clávio (1537–1612), matemático alemão. Colaborou na reforma do calendário gregoriano.

Cysatus (48,8 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Jean-Baptiste Cysat (1588–1657), matemático e físico suíço, pioneiro em afirmar as órbitas regulares, retilíneas e não circulares dos cometas.

De Vico (20,3 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta François de Vico (1805–1848), astrônomo italiano, descobriu novos cometas.

Fenyi (39 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Gyula Fenyi (1845–1927), astrônomo húngaro. Foi da Academia Húngara de Ciências.

Furnerius (125,2 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Georges Fournier (1595–1652), geógrafo e matemático francês. Ensinou René Descartes.

Grimaldi (410 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Francesco Grimaldi (1618–1663), físico italiano. É a cratera maior descoberta por estes jesuítas cientistas.

Griemberger (93,6 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Cristóvão Griemberger (1561–1636), matemático austríaco.

Hagen (55,5 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Johann Hagen (1847–1930), físico e matemático austríaco. Membro da Sociedade Astronômica Italiana, da Academia Pontifícia de Ciências e da Royal Society.

Hell (33,3 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Maximiliano Hell (1720–1792), astrônomo húngaro.

Kircher (72,5 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Athanasius Kircher (1602–1680), alemão. Inventou a lanterna mágica e auxiliou a Egiptologia (ciência da qual é considerado o pai).

Kugler (65,8 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Franz Kugler (1862–1929), químico, matemático e assiriologista alemão. Conhecido por seus estudos com relação às tábuas cuneiformes e a astronomia babilônica.

Malapert (69 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Charles Malapert (1581–1630), matemático belga.

Mayer (38 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Christian Mayer (1719–1783), matemático alemão. Membro das academias científicas de Manheim, Munique, Londres, Bolonha e Gottingen.

McNally (47,5 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Paul McNally (1890–1955), astrônomo americano diretor do Observatório de Georgetown.

Moretus (114,4 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Theodore Moret (1602–1667), matemático belga, que trabalhou por muito tempo em Praga.

Petavius (176,6 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Denis Petau (1583–1652), teólogo francês.

Riccioli (145,5 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Giambattista Riccioli (1598–1671), astrônomo italiano.

Riccius (70,6 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Mateus Ricci (1552–1610), matemático e geógrafo italiano. Estudou matemática com Clávio; missionário na China, construiu globos terrestres, relógios e pêndulos, sendo uma referência na Corte de Pequim.

Rodes: Em homenagem ao jesuíta Luís Rodés (1881–1939), astrônomo espanhol. Membro da Real Academia de Ciências e Artes de Barcelona e da Academia de Ciências de Portugal.

Romañá (33,6 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta António Romañá (1900–1981), matemático espanhol. Secretário da União Nacional de Astronomia.

Scheiner (110,4 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Cristóvão Scheiner (1575–1650), astrônomo suíço. Estudou as manchas solares e aperfeiçoou o pantógrafo.

Schoenberger (85 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta George Schoenberger (1596–1645), matemático austríaco.

Secchi (22,7 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Angelo Secchi (1818–1878), célebre astrônomo italianoa. Desenhou a nebulosa de Órion.

Simpelius (70,4 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Hughues Semple (1596–1654), matemático escocês.

Sirsalis (42 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Gerolamo Sersale (1584–1654), astrônomo e selenógrafo italiano.

Stein (33,7 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Johan Stein (1871–1951), astrônomo holandês.

Tacquet (6,6 km de diâmetro): (1612–1660), matemático belga.

Tannerus (28,6 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Adam Tanner (1572–1632), matemático e filósofo austríaco.

Zucchius (64,2 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Nicolau Zucchi (1585–1670), astrônomo e matemático italiano. Descobriu, em 1630, as manchas de Júpiter.

Zupus (38 km de diâmetro): Em homenagem ao jesuíta Giovanni Battista Zupi (1590–1650), astrônomo e matemático italiano.

Alguns jesuítas deixaram seus nomes na Lua, mas a maioria dos meus colegas deixam suas pegadas e suores na mãe terra colocando-se a serviço dos outros...

Você já tinha ouvido falar de alguns deles? Quais?

VEJA AQUI um exemplo...



Um comentário:

  1. Inácio teve a intuição, para dizer uma divina inspiração, que os seus deveriam impactar a humanidade, as ciências. De fato, os jesuítas marcaram profundamente a história da humanidade, o mundo científico. Há inúmeros exemplos de jesuítas cientistas. Lembro-me aqui, Landel de Moura, que é o inventor das telecomunicações, de modo prático, do celular. Em todos os segmentos científicos, há sempre um filho de Inácio. Lembro-me aqui de um jesuíta que introduziu na China o relógio. Lembro de Padre Anchieta que escreveu a primeira Gramática da Língua Indígena. Enfim, é um rol extenso. A escola de Inácio de Loyola é uma escola de espiritualidade, ciência. Lembro-me aqui a pedagogia inaciana, a intuição que Inácio teve quinhentos anos atrás sobre as escolas. Trata-se de um coisa futurista, de excelência ímpar, que nenhum pedagogo atual foi capaz de desenhar. De fato, os jesuítas estão além da Lua. Eles têm uma perspectiva de infinito, calcada na experiência inaciana... (RRC)

    ResponderExcluir