Racismo internalizado...


Nunca falei sobre este assunto. Sinto-me como uma criança que não sabe falar nem caminhar, sobre esta história dramática que conhecemos e alguns tristemente vivenciaram.
Nem todos os brancos hoje participaram da escravidão, mas todos ainda usufruem dos benefícios que ela criou, disse-me Alfredo, amigo de pele e alma negras.
Na história do Brasil, a escravidão secular (três séculos!), deixou marcas indeléveis. Quem gosta de olhar esse passado sofrido de frente? Hoje, 63% dos brasileiros considera que a raça interfere na qualidade de vida dos cidadãos. Há um apartheid social que atinge a autoestima de uma grande maioria. 

O preconceito calado é muito evidenciado: "há uma hierarquia de cor da pele, onde os negros parecem saber seu lugar...Isso, além de dramático, não é evangélico!

O que fazer?

Para ver um pesadelo da nossa história racista... CLIQUE AQUI


7 comentários:

  1. - "Nem todos os brancos hoje participaram da escravidão", o Alfredo insinua que há alguma pessoa viva em 2016 colaborou com escravismo? (na verdade ele sugere que a maioria dos brancos) É isso mesmo?

    - "mas TODOS ainda usufruem dos benefícios que ela criou".
    Quais benefícios? De que forma? Todos?

    Esse tipo de mitificação além de desqualificar o debate só enfraquece a busca por igualdade efetiva que não veja cor de pele, como o Alfredo vê!

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  2. Bem, para conversar sera importante que leia alguns textos sobre a escravidão. Há três bons autores C.A. Hasenbalg; Florestan Fernandes e Kabenguele Munanga. Ai voltamos a conversar nos próximos dias... (Alfredo)

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    1. Suas referências bibliográficas são ruins.

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  3. Há muitos modos de participar da injustiça do passado. Evidentemente que nós não estávamos lá, naquela época, mas somos descendentes deles e do racismo internalizado que eles viveram naquele momento e que ainda carregamos no nosso DNA...

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    1. Não, não há modo algum de participar de injustiça do passado, simplismente não, injustiça do passado foi realizada no passado. As pessoas só agem no presente e ninguém é responsável por algo que não fez.

      Ser descendente, segundo o direito romano, não implica em imputação de crimes dos antepassados. E não é apenas uma questão de direito mas cristã também onde cada pessoa responde por si, pelos seus atos e fé.
      Esse revisionismo acusatório é desonesto e burro pois todos os viventes terão na sua ascendência pessoas e grupos étnicos com desvios e crimes, em especial quando revisto com os olhos do presente. Somos todos descendentes e herdeiros de vítimas e agressores. Querem ser seletivos quanto aos antepassados?

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  4. A sociedade de hoje reproduz e continua, com muitas estruturas de opressão: sociais, politicas, e econômicas, e que dão continuidade as erguidas pelos antigos senhores escravocratas...

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    1. Quais dessas tantas "estruturas de opressão" reproduzem as escravocratas?
      Talvez devemos reclamar de Portugal e Espanha pela herança ibérica também, reproduzida nas "estruturas de opressão".
      Talvez dos japoneses, italianos e alemães, com seus valores e ética conflitante ao que aqui encontraram e que influenciou as "estruturas de opressão" que temos hoje;
      E ainda dos africanos que escravizaram outros africanos em período colonial.

      Esse argumento é mitificação vazia, política rasteira, bandeira segregacionista e racista.


      Todos neste país que não nasceram em berço de ouro devem enfrentar o sistema vicioso que perpetua vantagens a quem as tem em detrimento dos que não, isso é o mais difícil pros racialistas enxergarem ou admitirem, não reconhecem que os problemas de acensão social a imobilidade que indicam são comuns a todos, independentemente da cor da pele, preto, branco, ou mestiço (a grande esmagadora dos brasileiros).

      As questões psicológicas, morais e criminais devem ser enfrentadas nos canais adequados (seja consultório psiquiatrico, igreja ou tribunais de justiça), não serem base para institucionalização do racismo como política pública (como cotas) e muito menos pra clivagem segregacionista e persecutória como cada vez mais tenta-se estabelecer neste país.

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