Quando era menino já tive meus medos. Até dos meus pesadelos! Há situações externas que apavoram e outras internas que fazem nos estremecer. Então, é bom ouvir a palavra de alguém: Não temas, confia em mim!
Medo e fé são antagonistas e disputam
eternamente o nosso coração. Deus diz, infinitas vezes, para
não temer. Não tenhais medo! Medo é não acreditar, não confiar, não amar.
Deus não age no nosso lugar nem nos
tira das tempestades, mas defende-nos do mal e do maligno. Deus não
nos salva do sofrimento, mas no sofrimento; não nos protege da dor, mas na dor;
não nos salva da cruz, mas na cruz (D. Bonhoefer). Há três
modos de vencer o medo: pela fé, pela confiança e pelo amor. Quem ama certamente não teme!
A missão da Igreja, e também a nossa, é
libertar as pessoas dos temores que carregam. E os medos piores são os
internos, os mais profundos e enraizados na nossa história!
Por longo tempo a Igreja transmitiu uma
fé amassada intrinsecamente com o medo, que pairava ao redor do paradigma
culpa/castigo, e não da graça/salvação. O medo nasceu já no velho Adão, quando
não soube experimentar com alegria a misericórdia que Deus lhe concedia.
O medo nos cristãos produz uma igreja
triste, um Deus pesado e acaba com a alegria do viver. Precisamos nos libertar dos medos
antigos (escuridão, pesadelos, tempestades...) e também dos novos (refugiados, estrangeiros e dos diferentes...)
Você tem medo dos outros?
É preciso passar da hostilidade
instintiva, para a hospitalidade, da xenofobia para a filoxenia (ϕίλος ="amigo",
e ξένος =forasteiro). Libertar os fiéis do medo de Deus, como fizeram,
durante toda a história sagrada, os seus anjos e dos diferentes, como tentamos fazer os
humanos.
Uma pergunta: Você é uma pessoa medrosa ou confiante?
0 comments:
Postar um comentário