Jesus e o bom ladrão se conheceram no Egito?…

Hoje estarás comigo no Paraíso...


Pouco sabemos desse jovem chamado Dimas, Galileu, 23 anos, supliciado ao lado de Jesus. Santa Ana Catarina Emmerick (1774-1824), mística alemã, conta numa de suas ‘visões’ esta história encantadora:

Jesus, Maria e José, fugindo de Herodes, chegaram em terras do Egito, depois de ter passado grandes dificuldades pelos extensos areais do deserto e por aquelas montanhas pedrosas que superaram...

Por fim, após uma longa jornada chegaram, no entardecer, a uma cabana protegida por buracos no chão e fiozinhos com sininhos que tocavam quando alguém os tocava e se aproximava. Era um antro de ladrões.

Quando a Sagrada família ingenuamente se achegou cinco malfeitores a cercaram. O chefe do bando, como tocado milagrosamente pelo olhar bondoso do menino Jesus, pediu para acolher aquela família, sem lhes fazer algum mal, e os introduziram mansamente na cabana. Lá dentro se encontrava uma mulher com duas crianças. Era noite.

Maria e José se assentaram no frio chão, num canto da casa, e comeram um pouco do que apenas levavam. A esposa do chefe dos bandidos, primeiro tímida e depois mais solta, ofereceu-lhes pãezinhos com mel, água e frutas. Depois que acabaram, apresentou uma gamela cheia de água para banhar o menino Jesus. E assim o fizeram.

O chefe do bando tocado pela bondade daquela família judia disse em voz baixa à mulher: Banha nosso filhinho leproso na água desse menino judeu. Quem sabe ele não se cura?

Maria pegou o filho dos bandidos e com imenso carinho também o banhou na mesma água. E quando o fazia, ó milagre, as crostas da lepra caíram e as feridas se fecharam.

A mulher, extasiada, pulava e gritava de alegria atraindo a curiosidade de todos. De manhãzinha, a sagrada família partiu... Na despedida, o chefe do bando apenas disse emocionado: Lembrai-vos de nós, quando puderdes e onde quer que estejais...

Ao ouvir estas palavras vi a cena do Calvário e aquele jovem ladrão dizer a Jesus: Senhor lembra-te de mim quando estiveres no teu Reino...

Reconheci, então, naquele ladrão o menino egípcio curado da lepra, 34 anos atrás…


Deus nunca esquece de nós... 


Um comentário: