Celibato sacerdotal?...




Sabemos que o celibato sacerdotal não é dogma de fé, mas uma norma eclesiástica, até agora válida, para o trabalho pastoral. Provavelmente, pode mudar e ser até opcional.

Nos tempos que vivemos, tão cheios de propostas e despropósitos, alguns trabalham pela ordenação dos viri probati, homens casados que pudessem exercer o ministério de presbítero nas igrejas da Amazônia. A Amazônia seria a porta de entrada, para depois se estender esses modelo à Igreja toda. No Sínodo de 2019 ouviremos as propostas. As `diaconisas´ provavelmente entrariam também nessa proposta: Ministérios menos clericais e mais a serviço da comunidade.

Alguns, maliciosamente, neo-conservadores e ultra tradicionalistas, abogam por uma outra igreja mais pura (catara, heresia do séc. XII), já que os escândalos que temos poderiam se multiplicar por três, caso tivéssemos um clero casado: a mulher do padre, os filhos e a sogra… Para os cátaros, a matéria e o sexo eram maus!

Outros pensam que esse andar devagar do Papa Francisco nas mudanças necessárias é apenas estratégico: Ele vai fazendo mudanças em pequenas doses, para não provocar grandes reações, como aconteceu com a Amoris Laetitia (Cap. VIII: comunhão para os que estão em situação irregular), ou a intercomunhão pedida pelos bispos alemães (comunhão para protestantes casados/as com católicos), ou `beatificação´ social de Lutero e dos luteranos, etc. 

Creio que caminhamos para uma Igreja plural (católica!), poliédrica, e menos clerical onde caibamos realmente todos.  

E você o que pensa?


2 comentários:

  1. Às vezes fico abismado com o ser humano!
    Achamos absurdo que os Homens façam "guerra santa" uns contra os outros, dizendo ser "em nome de Deus" e nós mesmos fomentamos a "guerra fria de ideias" dentro de nossa Igreja Católica, como tenho visto ultimamente neste blog. Vamos a alguns casos:
    Há alguns dias, um Frei, em seu texto neste blog, queria justificar sua possível atividade homossexual ou seu possível "acasalamento" com mulher e filhos, como se quisesse nos fazer lembrar de uma frase infeliz do técnico de futebol Zagalo: "Vocês vão ter de me engolir...!
    Ora, SER gay é diferente de AGIR como gay. SER gay pode ser considerado como determinismo da natureza, razão pela qual devemos respeitá-lo, acolhê-lo e amá-lo, como Jesus fazia e nos ensina, mas VIVER como gay é ESCOLHA, e somos responsáveis pelas escolhas que fazemos. Esse Frei e outros sacerdotes que vivem levantando bandeiras de justificativas, seja no aspecto dos afetos desordenados, seja quanto a questão do celibato, que é o assunto do artigo que estou comentando aqui, devem considerar que, ao fazerem a ESCOLHA da vida sacerdotal, estavam cientes das "regras do jogo", que podem sim ser mudadas com consciência cristã, mas não com fórmulas dissimuladas de Mal Espírito em pele de cordeiro, como bem nos ensina Santo Inácio.
    Sei que a intenção deste blog pode ser positiva, a nos fazer refletir sobre os assuntos nele postados, mas pode nos levar a interpretações inadequadas, pois alguém disse um dia que "inverdades repetidas continuamente podem , com o tempo, ser aceitas como 'verdade'..."
    Penso que a nossa Igreja tem assuntos muito mais importantes e urgentes para considerar e discutir do que esses textos transversos que só fazem dividir o coração cristão e da Igreja. No dia em que perdermos o Encantamento pela Verdade, perderemos a Fé. Há um vídeo muito visto em Itaici, chamado "Crer para Ver", em que o protagonista afirma que "Fé e Encantamento caminham inseparáveis". Não podemos perder nosso Encantamento. Que nossa Fé seja uma Fé Adulta...
    Podería o Clero, muito mais, discutir a formação de nossos sacerdotes nos seminários, com menos religiosidade e mais espiritualidade, para que não continuemos, ovelhas que somos, ouvindo sermões e homilias "vazias", porque muitas vezes o coração de quem os proclama está "vazio" do Espírito de Deus.
    Este meu comentário não é fruto de "diarréia emocional" (desculpem o termo, mas é o melhor para o momento), mas sim de discernimento profundo, baseado nos ensinamentos cristãos que o meu querido e saudoso Pe. Romanelli plantou em meu coração nesses tão poucos 20 anos de minha conversão a Deus, embora eu tenha 70 anos de idade. Chega de nos escondermos atrás de "pseudoverdades". "Que nosso Sim seja Sim, que nosso Não seja Não", como nos ensina a Bíblia Sagrada.
    Que a Paz e a Iluminação do Senhor cubra de virtudes a nossa Igreja. Deus é bom!!!
    Fraternalmente,
    Alex William Cheuen

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  2. Ao final do artigo "Celibato Sacerdotal?...", exibido neste blog, é perguntado ao leitor sobre O QUE ELE PENSA sobre as afirmações lá contidas, como transcrito abaixo:
    "Creio que caminhamos para uma Igreja plural (católica!), poliédrica, e menos clerical onde caibamos realmente todos.
    E você o que pensa?"
    Assim, na sessão "Comentários" do blog, atendi a solicitação do blogueiro, expondo meu nome completo, sem anonimato, e comentando sobre o que eu realmente penso, e qual foi minha surpresa quando, 24 horas depois, meu comentário não constava mais na tela. Imaginando que fosse uma incorreção minha na postagem, postei outra vez, hoje, o mesmo comentário e, absolutamente perplexo, vi que meu comentário sumiu da tela e apareceu a inscrição:
    "Seu comentário estará visível depois de ser aprovado."
    Minha pergunta é: "Onde fica a liberdade de expressão?" Se alguém me pergunta o que eu penso é porque deseja saber o que eu penso, é lógico! Parece-me, no entanto, que o blog não gosta muito de ouvir opiniões diferentes das que espera, principalmente quando vem do fundo de um coração cristão que verdadeiramente ama sua Igreja.
    Sugiro que leiam a "Carta do Padre Jesuíta Henri Boulad ao Papa Bento XVI", que pode ser encontrada no Google. É da coragem daquele Jesuita que precisamos para que nossa Igreja se mantenha viva e forte. Quando o Papa Francisco esteve no Brasil, em uma de suas homilias ele disse que nós, cristãos, deveríamos ser "revolucionários do bem", porque Jesus era um revolucionário do bem.
    Assim, como um "revolucionário do bem", não posso aceitar calado as insinuações de artigos transversos como aqueles publicados e que comentei, que só fazem confundir o coração cristão no entendimento da verdadeira mensagem de Jesus.
    Diante do que expus, solicito que aquele meu comentário e este que agora estou escrevendo sejam "aprovados" sem censuras e que sejam publicados neste espaço.
    Fraternalmente,
    Alex William Cheuen

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