A sociedade que temos é a que queremos?

Havia cavalos sem freio dentro dos matos cheios de borboletas...

Você já pensou no que faz neste mundo tão caótico, injusto e desordenado? Para onde vamos? O tempo que temos é para descobrir quem somos e o que fazemos. Quando isso acontece, experimentamos o sentido da vida e deixamos de ser apenas ´re-ativos´, transformando-nos em pessoas `pró-ativas´, criativas e originais.  E o mundo fica melhor!

Isso não é fácil, pois por milhares de anos lutamos uns contra os outros, roubando, matando e levando vantagem em tudo, só para não sermos iguais. Conheço pessoas que reagem instintivamente ao menor estímulo... Sempre estão à defensiva! 

Mas, todos e em todas as partes do mundo queremos só uma coisa: amar e sermos respeitados. Mas, isso realmente acontece? Queremos, mas não o fazemos. Por quê? 

Amar não é fácil. Outro dia uma mãe esbravejava seus sentimentos de raiva e rancor, falando do seu filho problemático e adulto. Não somos bons e até passamos para trás aqueles que mais deveríamos amar e respeitar. Uma tristeza! Estamos contaminados por uma sociedade egoísta que tira vantagem em tudo! Não é fácil romper com esse estilo que nos envolve e enrola desde o dia que nascemos. 

Jesus expulsou, um dia, os cambistas do Templo, pois não admitia que uns tirassem vantagem da ingenuidade dos outros. Hoje vemos esses mesmos senhores dominando nações e criando crises econômicas internacionais em países que nunca sonharam ser atingidas. Vivemos para trabalhar e ganhar um dinheiro que nunca é suficiente...

Dignidade e respeito são valores permanentes. O `mensalão´ do governo Lula foi um escândalo que ainda não chegou ao fim. A ganância de querer sempre mais e a de dominar deixam de lado a solidariedade e o amor. Buscar o próprio benefício e não o de todos é de pessoas mesquinhas. Facilmente abandonamos os dogmas e a moral da religião para caír nos dogmas da economia e na imoralidade das suas propostas. A indignação popular é a nossa resposta que, como nova Apocalipse, toma conta de muitas cidades e nações clamando por um outro tipo de sociedade onde todos possa viver com dignidade. 

A sociedade que temos, excluindo tantas pessoas, não é a que queremos. Será que a fé professada nada a ver com a vida que levamos? Crianças e jovens ainda esperam pelos nossos atos melhores! 

Uma pergunta: O que fazer para ter um mundo mais fraterno?  


4 comentários:

  1. Interessante a relação dos "cavalos sem freios" com uma sociedade (cada vez mais global) que valoriza tanto a individualidade que nada é efetivamente forte para impedir que as manifestações egoístas aflorem com uma frequência cada vez mais desconcertante... Há no ser humano a tendência natural ao egoísmo, ao próprio interesse individual. Quem costuma frear esse impulso é a sociedade/comunidade - reconheço que reduzir isso à dicotomia "meu/nosso" é um simplismo, mas não quero escrever uma tese aqui... Mas é um fato que à medida que a sociedade/comunidade perde força, o indivíduo avança - e isso é bastante característico do capitalismo. Daí a sensação de não se ter mais moral, ética, valores e afins... É que não os há mesmo: são categorias de coletividade, não de individualidade...

    Mas não era nada disso que eu queria dizer... O que mais me chamou a atenção neste artigo foi a "foto/imagem" dos quatro cavalos do Apocalipse... É o livro que estamos lendo essa semana na Liturgia das Horas - inclusive esse trecho dos cavalos/cavaleiros e suas "pragas". À parte o viés de devastação da face da Terra que esse livro traz, o Apocalipse é o livro da vitória final do Cristo Ressuscitado! É parte da Boa-Nova, mensagem de fé e esperança para as comunidades em perseguição - e que bem pode servir para consolar a nós, que vivemos nos dias dessa Cultura de Morte, aguardando aquele dia "que virá como o ladrão"...

    Marcelo Lima

    ResponderExcluir
  2. Acho bonita a opção de terminar o texto com uma pergunta direcionada a nós, isso nos faz refletir o quanto somos críticos à sociedade porém sem meditarmos a fundo o que nós estamos fazendo e o que podemos fazer para aquilo que o texto coloca é preciso criatividade e inspiração para encontrarmos soluções. Sempre que leio os artigos aqui do blog percebo que eles me levam a refletir durante a leitura e no final com a pergunta sou automaticamente levado a meditar sobre mim mesmo. Muito bom isso...

    ResponderExcluir
  3. "Você já pensou no que faz neste mundo tão caótico, injusto e desordenado?"

    Amigo, hoje no meu trabalho de psicólogo passam por mim, em consultas rápidas, alguns executivos de grandes empresas, até presidentes de multinacionais. E hoje mesmo estava pensando em como é impressionante o quanto boa parte deles cai numa situação de estresse profundo, a ponto de ter sérios problemas físicos, por simplesmente não pararem de vez em quando e fazerem-se essa pergunta: "o que estou fazendo aqui? O que estou fazendo da minha vida?"

    Hoje temos até pessoas com alto poder aquisitivo, e portanto grande poder de escolha, deixando sua vida passar sem se dar conta, mergulhando num trabalho do qual não se sabe o sentido. Viram formiguinhas destinadas eternamente a fazer as mesmas tarefas, sem saber direito o porquê. E bastava se questionarem...

    Bastava começar com uma pergunta, como você fez no texto. Daí pra terminar com a outra pergunta do final, que leva a pequenas e grandes mudanças, é um pulo... ;)

    ResponderExcluir
  4. Se vivemos na competição, onde fica a solidariedade?

    ResponderExcluir