Fantasmas, espíritos e demônios...

Quem se conhece perdeu os seus medos!

Há pessoas medrosas que acreditam em tudo, menos que foram salvas por Jesus. Outros vivem à merce da sua imaginação e pulsões instintivas que eles chamam de fantasmas, espíritos ou demônios. Estes vivem aterrorizados e, sem saber como se proteger, por isso apelam a tudo e por todos que puderem ajudar-lhes de algum modo. 

Imaginação e pulsão são antigas na história dos humanos e precisamos entendê-las, para não sermos seus reféns.

Os pais do deserto, aqueles antigos cristãos dos primeiros séculos, sentindo e experimentando suas limitações, acorriam à solidão, para manter contato com o seu 'eu profundo e inconsciente' e se reconciliar com suas emoções e paixões. Tomando consciência do que eram, venciam seus 'fantasmas e demônios' e encontravam o meio de se manter erguidos, pela aceitação humilde da sua realidade humana. Como diz um antigo adágio do oriente: Uma árvore não fica de pé se não estiver profundamente enraizada na terra! 

Aqueles homens e mulheres, em sua busca sincera, se viam iluminados pela Palavra de Deus que os libertava de seus medos e os conduzia à compreensão de seu verdadeiro ‘eu’. 

Vale lembrar que o próprio Cristo, ao assumir a natureza humana, aceitou sua condição em tudo, menos no mal. E mesmo assim, o próprio Senhor foi tentado na solidão do deserto...

Ninguém vai ao deserto para fugir dos perigos externos, mas para se fortalecer e se enfrentar. No silêncio encontramos o mais fundo de nós mesmos, até o nosso inconsciente coletivo! 

O ‘deserto’ é lugar de luta e pode ser encontrado quando silenciamos no meio das nossas cidades. No ‘deserto’ acostumam aparecer as próprias limitações disfarçadas de ‘fantasmas e demônios’. E eles só desaparecem quando percebidos e acolhidos. O Senhor Jesus nos ama como somos.

Se temos medo da nossa realidade é porque ainda não a conhecemos nem a acolhemos com carinho. 


Uma pergunta: Você tem medo do deserto?


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