Quem é o Arcebispo Viganò?




O que estamos assistindo agora é o que se vinha fazendo sempre na Igreja para subir nos degraus eclesiásticos. Revelação de segredos, verdadeiros ou falsos, ameaças abertas ou veladas, prebendas, dinheiro negro... eram jogos frequentes que derrubavam uns e coroavam outros, até chegar o Papa Francisco denunciando esse clericalismo nada evangélico.

Carlo Maria Viganò, o arcebispo que denuncia o Papa, é desses tempos e jogos maléficos. Nascido no norte da Itália, em família rica, Viganò foi ordenado padre em 1968. Cinco anos depois, preferiu entrar no corpo diplomático do Vaticano, em vez de assumir uma paróquia de periferia, e assim foi galgando posições até chegar na Secretaria de Estado do Vaticano (1978-89), e como observador permanente do no Conselho da Europa, em EstrasburgoFrança. Lugares estratégicos para contemplar tranquilamente as fraquezas humanas diante do poder. 

Assim, pois, conseguiu ser nomeado arcebispo em 1992, pelo Papa João Paulo II, que o nomeou núncio apostólico na Nigéria.

Nos primeiros anos de Roma, Viganò manteve-se aparentemente discreto, e desse modo, galgou mais um degrau, para um cargo de alto escalão como secretário-geral da governadoria do Estado da Cidade do Vaticano. Lá se destacou como reformador financeiro, mas também enfrentou tensões internas e críticas pelo seu micro-gerenciamento.

Em 2010, e-mails anônimos circularam entre cardeais e embaixadas do Vaticano alegando nepotismo de Viganò na nomeação de um sobrinho na Secretaria de Estado do Vaticano. Um jornal italiano sugeriu tentava controlar os serviços de segurança do Vaticano...

Bento XVI, que não tinha nada de bobo, quis afastar este lobo do Vaticano, e levou como núncio apostólico nos EUA. Três meses depois, o nome de Viganò aparecia novamente na imprensa italiana. Cartas de Viganò Bento XVI denunciavam corrupção financeira e "abuso de poder" no chefe dos Museus do Vaticano. E reclamava do poderoso Bertone de não ser escolhido para presidir a governadoria do Estado da Cidade do Vaticano.

Depois veio o Vatilileaks, onde também esteve envolvido ViganòEste homem sabe muitas coisas, o que lhe foi abrindo até agora muitas portas, não para o bem do povo de Deus, mas para ele mesmo. Isso é uma vergonha! 

E agora a última carta do seu jogo sujopublicada no último dia da estadia do Papa na Irlanda, escrita a 4 mãos com o jornalista ultra conservador Marco Tosatti, projetada para ofuscar o Papa e enfraquecê-lo publicamente. O clericalismo é lobo feroz disfarçado de ovelha!

Viganò está jogando com fogo e acabará se queimando!


Um comentário:

  1. Muito triste ! Pensar que depois de 2018 anos da vinda do HOMEM DEUS para corrigir a má interpretação da lei pelos doutores , deixando PEDRO , homem simples e leal , na condução da IGREJA , encontramos lobos com peles de cordeiro dentro da nossa própria IGREJA .

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