Amizade fortalecida entre a Igreja católica e o Islã...


A história não vai esquecer, foi o que disse o Xeique Abdallah Ben Zayed Al Nahyan, ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, na sua recente visita ao Papa Francisco. Quem diria que íamos nos entender com os muçulmanos! 

E é precisamente na recordação daquele momento que a delegação oficial dos Emirados, liderada pelo Xeique Ben Zayed, foi recebida na residência de Santa Marta, no Vaticano, por volta das 12h30, hora local, vinte dias após a visita do Papa Francisco a Abu Dhabi. O objetivo era comunicar ao Papa o primeiro feedback produzido pelos princípios contidos na Declaração conjunta, alguns já implementados e outros em fase de realização. O Papa e o Xeique conversaram por 45 minutos antes de proceder à troca de presentes e depois continuar com o almoço na residência de Santa Marta

Um dos presentes do Xeique ao Papa é singular e precioso, uma pequena caixa com algumas pedras cor ouro e bronze inteiramente cobertas de inscrições em árabe, mensagens inspiradas no amor e na tolerância. Um símbolo "sólido" para recordar o espírito da Declaração, de um catolicismo e de um islã que desejam prosseguir lado a lado em amizade

Falando na Cúpula Mundial de Governos realizada em Dubai há três semanas, o próprio Xeique Ben Zayed enfatizou os passos dados pelo Papa e pelo Grande Imame. Quem dentre nós poderia ter imaginado que dois símbolos dessa magnitude teriam superado todos os obstáculos para selar um documento de reconciliação, em um mundo marcado por oposições políticas, por incitação ao ódio, à violência e ao extremismo?.

A resposta está na força dos valores que as duas religiões escolheram compartilhar, na condenação de todas as formas de intolerância, especialmente se armada, o apelo aos governantes para garantir a liberdade, e impedir "o derramamento de sangue inocente"...

Uma declaração que será estudada. Mas o ponto de partida e ponto crítico, foi indicado pelo Papa Francisco aos repórteres no voo de retorno de Abu Dhabi: Se nós crentes não somos capazes de nos dar a mão, de nos abraçarmos, beijarmos e até rezarmos, a nossa fé será derrotada.


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