1. HOMOSSEXUAIS... GRAÇAS A DEUS!

O amor entre homoafetivos não é um problema. O problema é o preconceito... 


A homossexualidade é um dos dons mais significativos de Deus... Ser gay ou lésbica é ter recebido uma bênção especial de Deus, e um dom importante para humanidade.

Homoafetivo e sagrado não são incompatíveis. E os relacionamentos entre iguais não são `antinaturais´, mas um meio de graça para as pessoas envolvidas. Todas as pessoas são uma epifania (manifestação) do amor de Deus. 

Deus oferece aos gays e lésbicas um dom especial: o carisma sexual diversificado. A sexualidade gay é um fato da criação, e ao mesmo tempo contra cultural. Há muitas coisas importantes que nos foram dadas: família, gênero, cor, orientação sexual... O mundo necessita dos diversos dons do Criador para ser mais bonito e diversificado. 

Não é fácil afirmar a bondade da orientação homossexual numa sociedade e numa igreja homofóbicas. Já não nos interessa o que os outros pensam do mundo gay, mas como o gay e a lésbica experimentam Deus e abrem espaços verdadeiros e amorosos na sociedade e na Igreja. Não é o que somos que é significativo, mas o que fazemos com o que somos. Amamos ou manipulamos? Vivemos para Deus e os outros?

Os gays, como os héteros, devem incluir a sexualidade (todos somos seres sexuados!) em sua experiência de Deus. Pecar na área da sexualidade não é tanto fazer coisas ruins, mas denegrir ou, pelo contrário, idolatrar o corpo. Espiritualidade e sexualidade são parceiras no nosso caminhar rumo a Deus.    

Como os héteros, os homens e mulheres gay devem amar-se a si mesmos, antes de se envolver no ministério de amor compassivo pelos outros. Amar-se a si mesmos como gays, pois é como Deus os ama e quer que sejam. Digamos claro: Há homens que amam outros homens e expressam esse amor sexualmente e eroticamente. E o prazer sexual experimentado é uma forma de união espiritual e de comunicação libertadora, e não opressora. 

Os gays e lésbicas cristãos testemunham o fato de que a santidade é algo apaixonante, e que o viver sexual revela que somos pessoas corporificadas e que a encarnação exige mutualidade e igualdade também entre as pessoas do mesmo sexo.    

Algumas pessoas vivem tranquilamente sua castidade e desse modo se relacionam filialmente com Deus e fraternalmente com os outros; mas a maioria das pessoas encontram Deus nos seus relacionamentos afetivos e sexuais, fazendo deles uma aprendizado humano-espiritual. 

Uma pergunta: O Senhor guia sua vida?
  

Cf. James L. Empereur SJ: Direção espiritual e homossexualidade. Ed. Loyola, 2006

Um comentário:

  1. Achei sensato... Mas como lidar com a tradição cristã e com o Apóstolo Paulo em Rm 1,24?

    ResponderExcluir