14 de maio: A nossa fragilidade nos leva à oração e ao jejum...


Neste momento da história há muitos pontos que são comuns à família humana, porém há um em particular: o sofrimento, que não conhece nacionalidade, religião, etnia”. 

Neste momento de crise pela pandemia, chegou o momento de se dedicar à contemplação e à reflexão. Dia 14 de maio, será dedicado à oração e ao jejum e à invocação a Deus pela humanidade atingida pela pandemia, com a participação do Papa Francisco. A iniciativa nasceu do Alto Comitê para a Fraternidade Humana, formado por líderes religiosos que se inspiram no documento assinado em Abu Dhabi pelo Papa Francisco e o Grão-Imame de Al-Azhar, Al Tayyeb.

Esta iniciativa não é apenas para as pessoas de fé, mas para todos os seres humanos”. A atitude de Francisco, é uma “atitude muito inspirada. Sempre pediu aos fiéis, e não só aos fiéis, para rezarem principalmente pela paz, convida a todos para sentirem necessidade de paz, paz pelo bem-estar, pelo bem comum”. 

O dia de oração de 14/MAI cai em pleno Ramadã, o mês sagrado e de jejum para o Islã, um jejum que será de todos. 

Também agora, para o dia 14 de maio, estamos no Ramadã, mas o convite é mais alargado, dirigido a todos. Desta vez fazemos um passo adiante e o papel das religiões é muito claro porque agora os fiéis, mas principalmente os líderes religiosos, testemunham a unidade para que o mundo saiba que as religiões, fazendo parte da família humana, são diretamente envolvidas para encontrar soluções a esta crise e aos muitos problemas que afligem nossa humanidade”.

Neste momento da história há muitos pontos que são comuns à família humana, porém há um em particular: o sofrimento, que não conhece nacionalidade, religião, etnia. As más notícias deste período nos fazem aproximar uns dos outros, nos fazem unir os esforços para uma solução imediata. “No Alcorão, capítulo 19, Maria, Maryam é convidada por Deus, segundo a tradição islâmica, a observar o jejum, um jejum muito particular, o da palavra, ficar em silêncio quando nasce Jesus. Maria estava muito preocupada com a resposta que deveria dar ao seu povo, portanto vemos uma Maria, Maryam, que não fala, fica em silêncio, fazendo jejum, em oração, em contemplação, esperando uma resposta de Deus. Hoje, em uma outra situação, podemos recordar desta cena no Alcorão. Redescobrimos a nossa debilidade, descobrimos que somos tão frágeis, porém agora é nossa fragilidade que nos leva a estar reunidos de novo em oração, no jejum, no amor que nos abraça e, através da oração, ao amor de Deus”.


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