Tesouros em vasos de barro...


"Carregamos tesouros em vasos de barro!
" Nossa pobre e terrível história é, também, berço da graça que nos chega. Nossas limitações, o que temos por fardo e escória é misteriosamente matéria prima de novas sínteses e possibilidades. "O Verbo se fez carne e habitou no meio de nós!". Entrou na nossa história e assumiu natureza humana. Ele veio a nós, não porque o merecíamos, mas porque dele precisávamos

 

Nossa carência fundamental só pode ser completada com o infinito. Outrora, assim aconteceu com o povo judeu e continua acontecendo. Era o mesmo Senhor que andava à frente de Israel "como coluna de nuvem durante o dia e como coluna de fogo à noite". O Senhor nunca abandonou o seu povo... Onde está Deus? Onde está o seu povo!Quando todos os horizontes se fecham, apelamos confiantes para o alto. 

 

Esta consciência da presença bondosa de Deus é fundamental para deixar-se conduzir por Ele. Que pensaríamos de uma ovelha que não quisesse seguir seu próprio guia e pastor? Certamente caminharia para a morte. Com Jesus, caminhamos para a vida. E nada no mundo pode nos separar desta presença salvadora.

 

Inácio de Loyola (1491-1556) experimentou, por algum tempo, a contradição que carregava. Um dia, descobriu Jesus dando sentido à sua vida vazia e insensata. "Coloca-me com teu Filho!" Sim, Senhora, coloca-me com Jesus, tesouro escondido, valor necessário e capaz de dar sentido à insensatez da minha pobre vida!..

 

A batalha de Pamplona, 1521, onde Inácio ficou mal ferido e à beira da morte, era sinal de uma outra luta interior, mais profunda e cruel, que o derrotava e destruía. A bala de bombarda quebrando-lhe as pernas, rompeu também sonhos e fantasias fúteis que o levavam a optar por uma história vazia e banal. O que parecia ser o fim, foi o início de uma vida nova: Da dor nascia vagarosamente um santo. 

 

Uma pergunta: quando tudo parece ruir na sua vida, como é o seu relacionamento com Deus?

Um comentário:

  1. Procuro sempre me esforçar para manter esta sintonia com Deus , mesmo nas horas mais difíceis . Quando me sinto o mais miserável de todos os homens ; Quando a dor se apresenta em forma de sofrimento moral, é aí que sinto ruir o meu chão . E volto meu olhar suplicante e exclamo: Pai! tenha piedade de mim.

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