De modo análogo, em tempos recentes sugiram os defensores do “pró-Life” que, aparentemente, defendem uma realidade nobre e digna: a vida. Quem não defende a vida? Mas aí está a armadilha! Não se trata da defesa de toda a vida humana na sua complexidade e necessidades, mas somente da defesa da vida intrauterina. Os “pró-Life” não parecem haver a mesma preocupação com a vida “pós-uterina”. Não importa se esta vida ainda nos primeiros anos passará fome, será separada de seus pais simplesmente por ser estrangeira, se será sem terra/casa, se terá de trabalhar já nos primeiros anos para sobreviver, se sofrerá violência, se será discriminada por ser negra, homossexual...; se não terá direito à uma educação de qualidade, se será vítima de violência, se dormirá pelas ruas e será vítima das drogas, se perderá seus direitos trabalhistas e não terá um trabalho digno, se será abandonada nos corredores dos hospitais, se morrerá prematuramente por não ter condições de receber um tratamento adequado, etc, etc…: ideologia!
Deste modo, muitos seguidores do movimento “pró-Life” parecem cometer uma verdadeira “heresia social”: a exaltação idolátrica de governos perversos que, para conquistar e manter-se no poder, simulam bondade para com o ser humano dentro do útero, mas não o suportam após o parto. Nos últimos dias, por exemplo, vimos uma enxurrada de acusações a Joe Biden, o presidente eleito dos Estados Unidos, de abortista, anti “pró-Life”… Mas, temos uma má noticia: o candidato ícone do “pró-Life” não é tão radicalmente contra o aborto como parecia ser:
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