Novos iconoclastas...


Jesus bendito! O mundo pegando fogo e a Igreja preocupada com o se fulano abusou ou se fulana apanhou... Essa cantinela tá ficando velha e repetitiva, e enquanto isso advogados expertos encontraram um modo fácil de ganhar dinheiro levando aos tribunais dioceses que pouco tem a ver com esse assunto. Até fizeram uma lista de malfeitores, como uma caça às bruxas (ou bruxos!). E até se dicutiu se as obras de arte de uma abusador deveriam ficar expostas ou quebradas estupidamente! 

As brincadeiras sexuais são faceis de começar, mas geralmente acabam mal. O que não entendo é porque os crimes de um devem ser pagos por todos, e não por quem os cometeu. Sou contra a lista dos pecadores públicos (criminosos?) e essa neurose de `caça às bruxas´ que se instalou em algumas diocese. 

E quebrar as obras de arte nunca foi uma boa ideia! A história da igreja já passou por essa experiência iconoclasta nos séculos 8º e nono, e o resultado foi devastador!

Eu creio que o artista é purificado dos seus pecados também pela arte!

Deus tem tantos modos de nos perdoar!


   

  

2 comentários:

  1. Ei, amigo, assunto delicado e complexo esse que nos traz aqui. Sim, eu acho que como temos um coração muito duro gostamos de condenar eternamente. Mas nem Deus que é Pai e é bom, condenaria eternamente a um dos seus filhos. Se há alguém no inferno é porque quis estar lá, e não porque o Pai lá o tenha posto por toda a eternidade. Todos somos resgatados do pecado por Jesus. Se o somos por Ele, muito mais devemos ser por nós mesmos, pecadores que somos. O pecador tem direito ao perdão. Mas claro que se fez mal a alguém esse mal precisa ser reparado. Sobre a questão que coloca há também a presença da doença. Então, na questão de abusadores, trata-se de algo doentio e que tem um perfil repetitivo. Por ser assim, se faz necessário que essas pessoas sejam afastadas do convívio com menores, eis que a doença é terrível e eles sentem uma dificuldade muito grande de se controlar. Precisam de tratamento, bem como aqueles que foram abusados em sua inocência e confiança, também requerem muito cuidado e a reparação. Não podemos julgar o artista por conta dos seus pecados, preconceitos e opiniões. Ele deve ser julgado pela qualidade da sua arte. Fosse assim, iríamos arrancar dos museus, bibliotecas, cinemas, teatros... inúmeras e belíssimas obras, todas nos trazendo o toque da criação de Deus nela. "Que atire a primeira pedra quem não tenha pecado", Jesus dizia para aquela pobre mulher sem nome do Evangelho e diz também para nós hoje, pobres filhos, pecadores sim, mas pecadores perdoados.

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  2. Arte sacra antiga não tinha autor assinando sua obra pois era impessoal, fruto da espiritualidade de uma comunidade, o centro era o retratado para salvação de almas e glória a Deus.
    Desde o renascimento não é mais assim e ao contrário dos conflitos iconoclastas citados, o debate em questão era de mérito das obras enquanto hoje é sobre a pessoa indissociável com sua obra (foi grande o bônus em dinheiro, fama, reputação na ordem e Igreja por ele ter assinado as obras, agora é hora de pagar o ônus também)
    Uma pena alguém ir pra Lourdes e tanto destaque ser dado a um gigantesco mosaico na fachada e ser lembrado de quem era seu autor, roubando e desvirtuando o fim na peregrinação devocional.
    E a qualidade sacra da obra em questão, que infelizmente o sr se recusou a explicitar, expressam bem o interior feio e revoltoso do autor das imagens.

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