9 – Reunião: Oração Inaciana. O que Deus faz em mim e por meio de mim...

Oração Inicial: Quando os apóstolos tomaram consciência de que Jesus estava vivo, voltaram correndo para Jerusalém. Os discípulos esqueceram cansaço, sono, desânimo e dificuldades, pois era preciso anunciar a Boa Nova: Jesus Ressuscitou! E neles brotava uma nova esperança, um ideal de viver em comunidade e de se colocar a serviço dos outros.
Todos: Por isso, estamos aqui. Fomos escolhidos, amados e chamados por Jesus para sermos seus discípulos, fazendo o Reino acontecer aqui e agora. É fundamental a força do Espírito Santo que nos une; a mística que nos impulsiona e a esperança que nos anima. Pelo Batismo, fomos chamados para sermos servidores do povo e construtores do Reino. Por isso, aqui estamos, Senhor!
Partilhar as experiências de “silêncio”, feitas nos dias passados.
Leia com fé Lc 5, 12-16 e partilhe o que Deus lhe quer dizer agora...

Tema: Oração inaciana.
O que é orar? A oração inaciana não é tanto falar, mas muito mais escutar para saber por onde o Senhor nos leva. É discernir, para fazer depois a sua vontade. Não é o muito saber que sacia e satisfaz, mas o sentir e saborear internamente as coisas. Permanecer, pois, na oração sobre um ponto, até se sentir satisfeito.

Para isso, tem uma pequena metodologia: Coloco-me na presença do Senhor e lhe peço a graça para que todos os meus pensamentos, sentimentos e agir seja ordenado e colocado ao seu serviço. Peço humildemente a graça que preciso; leio com fé o texto bíblico e percebo o que o Senhor me diz e como reajo eu a Ele. Por fim faço a avaliação da oração realizada, anotando os pensamentos ou sentimentos mais significativos ocorridos, para posteriormente partilhá-lhos com o/a orientador/a espiritual.

Esta avaliação revendo o que aconteceu na oração: os sentimentos de consolação (sentimentos significativos de fé, esperança, amor e paz...) ou desolação (medo, ansiedade, distrações significativas e perturbadoras...). Para isso pode ajudar as seguintes questões:
  • O que aconteceu durante o período de minha oração? O que mais me tocou?
  • Como me senti e o que o Senhor me mostrou?

Na avaliação, agradeço a Deus pelas graças concedidas e peço perdão pela minha negligência.

A avaliação ajuda a perceber melhor a própria experiência interior: os sentimentos de consolação ou desolação. No tempo de oração não preciso me monitorar, para não interferir com o que o Senhor me quer dizer. No período de oração deixo acontecer e só depois verei o que o Senhor me quis dizer.

Na oração inaciana temos a “Repetição”, modo importante de se dispor e ouvir melhor o Senhor. É voltar aos pontos em que se experimentaram “maior consolação, desolação ou graça”. Na repetição a desolação torna-se consolação, pois se a desolação indica que o Senhor está tentando se comunicar, na repetição tomamos consciência de nossa resistência a essa aproximação de Deus. Retornando aos pontos negativos experimentados, descobrimos que o Senhor superou nossas barreiras e então a desolação pode se transformar em consolação.

Pela repetição, permitimos o mistério do Senhor tocar os nossos mistérios a níveis profundos e o que, geralmente, começa como “meditação”, pela repetição poderá se tornar “contemplação”.

Para orar: Mt 5, 13-16; 1 Jo 4, 7-19; Ef 3, 14-19; Mt 5, 13-16.

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