Uma nova primavera na Igreja?


E o inverno passou...
O Concílio Vaticano II (1962-1965) foi brisa suave percorrendo, por certo tempo, todas as nossas comunidades. Depois veio um longo inverno, 30 anos, tentando engessar a diversidade que o Espírito Santo inspirava e movia e, aquele clima cheio de esperança, aos poucos minguou como neve ao sol. Teólogos foram oficialmente silenciados e a Vida Consagrada (Jesuítas, Franciscanos, etc.) enquadrada. Foi uma pena! 

A diversidade faz parte fundamental da Igreja 'Católica' e não deveríamos ter medo dela. Desde o início temos 4 Evangelhos, 4 tradições diferentes de viver a fé no mesmo Senhor Jesus Cristo. E a Vida Consagrada, na sua longa história na Igreja, acaso não está dizendo que o Espírito Santo é múltiplo nos seus carismas? 

A rigidez no pensamento gera severidade excessiva no exercício do poder e este, com o passar do tempo, se deteriora e deixa de ser serviço. Isto tem afastados não poucos da Igreja e nos isolado no diálogo fraterno e ecumênico.

O Papa Francisco parece trazer uma nova primavera à Igreja. Seus gestos e palavras são simples e falam sempre dos pobres, da misericórdia e do amor. Puro Evangelho! 

A caridade fraterna é apelo do Senhor Ressuscitado e nos convida à progressiva redução da rigidez que coloca uns contra outros. A Colegialidade episcopal e uma maior participação dos leigos (eles e elas!) nas instâncias decisórias da Igreja serão sempre bem-vindas, embora ainda sejam tabu. Pluralismo de idéias, aceitação das diversidades e participação de todos é bom e fazem bem a todos.

A renuncia inesperada de Bento XVI (28/FEV) foi o primeiro passo para esta primavera chegar...  

E você, o que acha?

4 comentários:

  1. Caramba!!! João Paulo II, Bento XVI são agora inverno da Igreja?

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  2. Toda estação é BOA. A Primavera é mais bonita.

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  3. De fato , não vimos as faixas dos 'novos movimentos religiosos' , clericais e carreiristas nem seus gritos de alegria...

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  4. Eu acho que em poucos meses, quando o Papa Francisco não fizer as transformações esperadas pelos progressistas radicais (algo como uma mudança de 179° - só não vira 180° porque a importância material conquistada pela Igreja Católica não é indesejada pelos progressitas radicais - caso contrário já teriam saído oficialmente dela), estarão falando dele o mesmo que falam de João Paulo II e de Bento XVI

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